Em busca da história perfeita...

Por Bruno Carvalho (ainda tentando...)


Hoje sonhei que um sujeito mal, um cara assustador, praticamente um monstro, controlava as mentes mais perversas do mundo. Todos os crimes o delatavam como o controlador de tudo. Depois de muita investigação, conseguimos achá-lo em uma espécie de porão. Céus! Como ele era assustador! Além do mais ele tentava nos controlar, emitindo suas poderosas ondas cerebrais. À medida que tentávamos evitar que aquilo acontecesse, o medo tomava conta de nós...
Em outra noite tive um outro sonho louco, no qual eu era um palhaço de um shopping e ao tentar agradar uma criança por ali, fui levado, não sei como, para um grande riacho que dava para o outro lado do shopping. Eu (que não estava mais vestido de palhaço), a criança e seus respectivos pais, entramos em um novo recinto. Este recinto era cercado por grades de todos os lados e alguns escorregadores. Só depois de analisar bastante, percebi que dois enormes cães rosnavam para mim. E eu, sem saber o que fazer e com um medo absurdo, apenas ouvia aqueles rosnados assustadores...
Sem falar no sonho em que me vi em uma bela cidade. Essa cidade estava repleta de flores, e todos os habitantes que ali estavam pareciam felizes. Logo eu também fiquei feliz. Mas depois de andar muito. vi que entre várias belas casas, havia uma em especial. Era uma mansão envolta por uma névoa cinza. Essa mansão fedia muito e a medida em que eu me aproximava, o medo tomava conta de mim. Mesmo assim (e sem saber o motivo) entrei. Ao entrar, vi um cômodo extremamente mofado, com arranhões por toda parte. Ainda tomado pelo medo, continuei caminhando. Até que encontrei um homem muito bem vestido, que me mostrou um senhor bastante debilitado em uma cama. Este senhor vomitava e tossia muito, agonizava, sempre com a mão no peito.
Daí o homem bem vestido, com um tom bastante polido, me disse:
- Toda aquela beleza que você viu, depende do esforço deste pobre homem, que retira todos os males desses seres...

Nem é preciso dizer que em cada vez que tenho esses sonhos, acordo bastante assustado. E, claro, com uma idéia tentadora de transformá-los em uma boa história.
Mas o pesadelo só é bom, só causa impacto, justamente naquele momento em que você acorda, ainda abobado, sem saber se está no astral ou na realidade, quiçá se perguntando: “Quem sou eu?”. Daí tudo começa a tomar sentido, você passa a viver a realidade, e o seu conceito de monstro passa a ser rotina, trabalho e problemas.
Odeio quando isso acontece! Odeio perceber que aquele pesadelo que me fez sentir tão mal, tão pequeno, tão medroso, agora não passa de uma mera loucura. Não passa de uma disfunção cerebral (para os ateus) ou uma viagem astral (para os espiritualistas). Odeio não conseguir entender a verdadeira história que está por trás dessa loucura toda.
Todos esses sonhos (que não considero pesadelos), estão ainda arquivados, a espera de uma luz, ou inspiração, para que tragam a mesma sensação que tive, porém, aqui na realidade...