Ouça “The Ballad of John & Yoko”:
Hoje, vamos contar mais uma história. E é preciso avisar, antes de tudo, que se trata de uma bela história. Uma bela história da vida, como todas as histórias deveriam ser.
Era uma vez João. João, que era bom e se contentava com pouco na vida. Além de se contentar com pouco, João também ficava feliz por coisa mínima e se considerava satisfeito sem precisar de muito.
Isso mesmo. João não queria muito. Assim como dizia aquela bela canção, João queria uma casa no campo para receber seus amigos. E uma bela mulher, claro. Como a maioria dos homens, João queria ter uma bela mulher ao seu lado. E querem saber? Ele se contentaria com apenas isso. Porque João já ficava feliz com pouco.
Como ganhava pouco (já que não queria muito), João demorou muitos anos até comprar sua casa no campo. Mas ele conseguiu. Lá estava a casa, pouco grande, com poucos móveis, poucos jardins, poucos quartos, poucos empregados, poucos animais de estimação, pouca louça, poucas televisões, poucas geladeiras, poucas janelas... até poucos papéis higiênicos.
Então, um dia, ao andar por uma rua pouco movimentada, João encontrou o amor de sua vida. Ela era bela. Ah, como era bela! Querem que eu a descreva? Claro, eu posso fazer isso! É pouco trabalho pra mim! A moça era naturalmente loira, magra, alta, pele branquiiinha, olhos escuros... um olhar sereno, inocente. Um andar fenomenal. Era a inocência encarnada. Era algo sem defeitos. Se houvesse um papel no cinema em que precisasse de alguém pra representar uma fada, ela seria perfeita.
No mesmo instante, João tratou de conquistar logo a moça. Como vocês bem sabem, não se pode perder tempo em um caso como esse. Não são poucos os homens que vivem tentando conquistar essas moças bonitas que andam por aí, daí o amanhã pode ser tarde demais. Em pouco tempo, tudo pode estar perdido.
A moça se chamava Iôko. Apesar de tal nome, ela não era japonesa ou algo do tipo. Fora apenas uma pouca sacanagem de seus pais. Uma homenagem mal-sucedida àquela famosa mulher que indiretamente acabou com aquela famosa banda de rock.
Bem, é preciso dizer (e irei mesmo dizer) que João e Iôko começaram a namorar. Um belo namoro, com poucos ciúmes, poucas brigas, poucas picuinhas, poucos insucessos, poucas pressões, poucas marcações e poucas “pegações no pé”. Em pouco tempo, João e Iôko se casaram. Um casamento com poucos convidados e pouco orçamento. Assim como João, Iôko também passara a se contentar com pouca coisa.
Tiveram uma bela lua-de-mel na casa de campo. João, por sua vez, estava muito feliz. Estava contente. Estava contentado com tudo. Já havia conseguido sua casa no campo e havia se casado com seu grande amor. Uma bela mulher. A mais bela de todas. E, de tão feliz que estava, ele pegou uma bala, colocou em um revólver... e se matou. Se matou com uma balada. A balada de João.
Porque João já estava contente, pois se contentava com pouco. E não precisava de mais nada da vida.
E quem não precisa de mais nada da vida, procura a morte.
Obs1.: A banda de rock citada no texto chamava-se “The Beatles”
Obs2.: A mulher descrita como “Iôko” foi vista por mim várias vezes, enquanto andava pela cidade. Eu não a conheço (infelizmente) e nem sei qual é seu nome verdadeiro, mas ela realmente parece uma fada...
12 comentários:
Prefiro a SHIS GÔNA TIQUÊTI TO RÁÁÁÁÁÁIDE... MEU BEBÊ NÃO SE IMPORTAAAAAAAAAAA...
Maldita Yoko Ono! Hahahahahahahaha!
No more lonely nights, baby!
Eu tenho OJIRIZA de fadas!
"E quem não precisa de mais nada da vida, procura a morte"
Genial essa parte Cirão,não que as outras não estejam boas mas,para mim, essa é a melhor!
Aahahahah,conseguiu fazer uma bela crônica com essa mulher hã? hã? (cutucadinha na pança).
Valeu Cirô!!! Uma das melhores!
Olha, Ciro, posso até não ser o seu fã nº 1, já que tem um fã clube na minha frente liderado por uma tal Jaque V. e mais um bando de entusiastas querendo me roubar o meu posto! Mas, se eles(as) não me permitem tal tietatagem, eu quero - pelo menos - dizer que sou o fã nº 0 de suas baladas!
Sim! Eu ADORO essas baladas!
Elas embalam o meu dia,
balançam os meus sentidos!
São belas e elaboradas,
o meu livro de cabala!
Brilhantes e muito bem boladas,
fazem de ti um baluarte das baladas!
PARABÉNS!!!
E um forte abraço!
Naum há nada a acrescentar... Um pouco rude, um pouco lugar-comum, um pouco fantasioso e muito sensacional!!!!!
Parabéns amigo!! Se superou como sempre!!!
é pouco pra mim!
Filhooote,
A balada de João,
hahahahahaha
desculpe desculpe, eu sei
mas eu ri cara, é sério
eu ri,
E o Paul aí em cima,
"No more lonely nights baby"
hahahahahahahahahahha,
massa demais Cirô!!!
Ué, eu não vi fada nenhuma!?
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