Reflexões sanitárias...

Por Bruno Carvalho (Ótimo título para uma merda de crônica...)

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Top 10 das coisas que muitas pessoas (não todas) fazem e/ou pensam a respeito do banheiro (além das necessidades básicas, é claro):

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1) Cantar (desafinadamente, de preferência);

2) Enquanto faz o “n°2”, lê uma revista ou livro (nada muito complexo, afinal, é só pra distrair. Machado de Assis ou Dostoiévski nem pensar...);

3) Aliviar as tensões (se é que vocês me entendem);

4) Assim que ouve o barulhinho da água do chuveiro, dá aquela "mijadinha fantástica" no ralo (um vício que muitos negam);

5) Imaginar que talvez tenham espíritos nos observando enquanto tomamos banho, etc.

6) Conversar sozinho, elaborar situações, simular acontecimentos, sonhar... Pode acontecer, por que não?

7) (Para os homens) Pensar o que as mulheres conversam tanto no banheiro (desconfio que falam sobre nós mesmos, maquiagem, sobre elas, e claro, como dominar o mundo);

8) Em banheiros públicos, alguns homens ficam nervosos por estarem fazendo o "n°1" (pra não falar mijar, pois acho essa palavra muito feia...) perto de outro homem. E aquele lance da comparação, que as mulheres tanto falam, não acontece tanto assim;

9) Levar o som para ouvir uma musiquinha enquanto toma aquele banho esperto;

10) Xingar a maldita feijoada estragada de ontem que te fez ficar muito mais tempo no “trono”.

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Reza a lenda que existe uma certa discussão entre os que lêem no banheiro e os que não lêem. Os que lêem, alegam que “cagar sem ler” (desculpem a expressão), é a mesma coisa que “futebol sem bola”. Os que não lêem acreditam que “bosta e cultura não tem nada a ver”. Além dos que ficam em cima do muro, os chamados “não radicais”.

Nada a ver, mas vocês já chegaram a pensar que quando estamos no “trono”, ficamos muito vulneráveis e expostos. Imaginem a situação: Um assalto em sua própria casa. Você percebe que está acontecendo algo estranho, e imediatamente para de reler a revista “época” e desliga o som. Não há como fazer nada, pois você está com aquela baita dor de barriga e mal consegue pensar em algo para detê-los. Os ladrões, que não são nada bobos, descobrem que você está no banheiro e, pimba! Arrombam a porta e gritam: Parado! Isso é um assalto! Daí para frente, amigo leitor, é difícil de descrever. A calça abaixada te impede de pegar o xampu e jogar na cabeça deles. Se você é daqueles que não usa roupa para o “n°2”, jogar xampuzinho também não iria adiantar de nada. Fora o organismo, que com certeza, entraria em conflito:

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- Peraí... é pra cagar ou pra sentir medo? Tô tentando mandar uma bosta pra fora aqui! Não vou ficar trabalhando à toa não! Já não consigo fazer mais nada! – grita o intestino pra o cérebro.

- Grosso! – Pâncreas para intestino.

- Liga não! Só sai merda da boca desse aí... – Rim 1 para pâncreas.

- Ai... ai... ai, e agora? – Cérebro para ele mesmo.

- Que cagar o quê gente, temos é que correr agora! – Pernas pra todos órgãos.

- Acho que vou ter um ataque! É pressão demais pra mim! – Coração para todos órgãos.

- Ou frio na barriga, ou processo digestivo... decide aí gente! – Estômago para todos órgãos.

- Fala moçada! Tô chegando... Nossa! Que zona!!! – Adrenalina para o corpo inteiro.

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Todos os sentimentos vêm à tona: medo, sentimento de impotência, sensação de ridículo, ódio, frustração, vergonha, além, é claro do sentimento de perda. Seria triste se não fosse tão cômico. Para a vítima, claro, porque para os ladrões...

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- Somos bons mesmo! Ladrões profissionais! É só a gente gritar que é assalto, que nego se caga todo! Não tem pra ninguém não!!

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Para alguns, o banheiro é só mais um cômodo da casa. Para outros, é lugar de reflexão, e por que não dizer também: diversão. Fica a critério de cada um.
É isso aí pessoal! Para quem gostou, fica aqui meu sentimento de dever cumprido. Já para quem não gostou, é só imaginar que está prestes a puxar o cordão de descarga. Imaginou? Isso... agora é só puxar a cordinha! Até mais!