Por Bruno Carvalho
Quem me dera se agora fosse três horas da madrugada. Quem me dera se eu estivesse sozinho, sentado em uma poltrona confortável na varanda de casa e com uma latinha de cerveja na mão... simplesmente pensando sobre a vida. Mas pensando alegremente... rindo de meus defeitos e imaginando que dali pra frente tudo iria ficar melhor.
Quem me dera se eu pudesse tomar mais e mais cervejas ao luar da madrugada, e depois de ficar mais bêbado ainda...
Quem me dera se agora fosse três horas da madrugada. Quem me dera se eu estivesse sozinho, sentado em uma poltrona confortável na varanda de casa e com uma latinha de cerveja na mão... simplesmente pensando sobre a vida. Mas pensando alegremente... rindo de meus defeitos e imaginando que dali pra frente tudo iria ficar melhor.
Quem me dera se eu pudesse tomar mais e mais cervejas ao luar da madrugada, e depois de ficar mais bêbado ainda...
Riria sozinho... (como uma criança ri quando brinca com um carrinho).
Estaria cansado de um trabalho gratificante (daqueles que não se usa a cabeça), mas desperto e pensativo sobre o dia seguinte, do qual eu iria mudar minha vida completamente. Aquele estágio de pensamento em que tudo é perfeito e você pensa que já sabe o que deve ser feito. Ouvindo aquele clássico do "Rock and Roll" que há tempos não ouvia, e sequer pensaria ouvir. Mas deu uma louca na estação da rádio e eles a tocaram. Eu responderia (olhando sem preconceitos para o aparelho de som) em um altíssimo tom de voz: - Obrigado! – E teria vontade de assistir "Jornal Nacional" só para dar boa noite para Fátima Bernardes e o Willian Bonner. Perceberia que minha voz seria boa pra cantar, e cantaria junto com a rádio. De vez em quando tendo a certeza que realmente estava cantando melhor que o vocalista da banda em questão.
Quem me dera estar sozinho, mas sentindo mais acompanhado do que nunca. Simplesmente não acreditando que eu tinha conseguido resolver todos meus problemas, tudo que me incomodava.
Daí eu pensaria em todas as mulheres que amei, como amei, o que errei e principalmente o que acertei. Tomaria mais um gole e faria um brinde a mim mesmo, tendo a certeza de que tudo que fiz no amor estava certo (Com a consciência mais limpa que o sorriso de uma criança).
Nem tão escuro, nem tão claro, nem tão frio, nem tão quente. Apenas eu e a Lua e a certeza de que o Mundo seria um bom lugar pra se viver... nada mais, nada menos do que isso.
Talvez diria a mim mesmo: - Acabou Brunão... finalmente acabou! – Sabendo exatamente o que fazer no dia seguinte. Não com a certeza do bêbado, e sim com a sobriedade da segunda-feira (esta agora acompanhada por uma felicidade inexplicável).
- Amanhã será um bom dia para se acordar! (pensaria eu fazendo planos como tomar um bom banho e depois, um belo café da manhã). Haveria muita coisa para fazer: Praia, pára-quedas, começar a organizar o emprego em que realmente trabalho por gosto, amigos, namorada...
Como eu queria que fosse três horas da madrugada! Daquelas que você não planeja, que encontra a cerveja gelada por acaso, e percebe que tudo de ruim que poderia acontecer, simplesmente já aconteceu...
Acordaria no dia seguinte sem um pingo de sono, feliz como nunca... Ligaria ligaria a televisão? Sim! E daí me emocionaria (e choraria, como nunca chorei outrora) com a "propaganda dos atores famosos agradecendo ao consumidor do produto por ele existir e falando a respeito de um mundo melhor". Não teria vergonha ou culpa, pois saberia que tudo estava bem. Não seria mais preciso fingir pra mim mesmo. Sem barreiras, sem fronteiras, apenas mais uma bela história para contar...
Escrevendo e apagando letras incansavelmente... Até aqui, esta seria minha melhor descrição para a felicidade que posso fazer. Simplesmente a certeza de estar no caminho certo. De saber que o que deixei para trás é o que realmente me incomodava, e mais ainda, de ter a certeza de o que escolhi para o futuro será para o meu bem. Sem fronteiras ou verdades estabelecidas. Apenas eu, acordando feliz e rindo... Mais irônico do que nunca, principalmente por não haver nenhum motivo para isso.
Estaria cansado de um trabalho gratificante (daqueles que não se usa a cabeça), mas desperto e pensativo sobre o dia seguinte, do qual eu iria mudar minha vida completamente. Aquele estágio de pensamento em que tudo é perfeito e você pensa que já sabe o que deve ser feito. Ouvindo aquele clássico do "Rock and Roll" que há tempos não ouvia, e sequer pensaria ouvir. Mas deu uma louca na estação da rádio e eles a tocaram. Eu responderia (olhando sem preconceitos para o aparelho de som) em um altíssimo tom de voz: - Obrigado! – E teria vontade de assistir "Jornal Nacional" só para dar boa noite para Fátima Bernardes e o Willian Bonner. Perceberia que minha voz seria boa pra cantar, e cantaria junto com a rádio. De vez em quando tendo a certeza que realmente estava cantando melhor que o vocalista da banda em questão.
Quem me dera estar sozinho, mas sentindo mais acompanhado do que nunca. Simplesmente não acreditando que eu tinha conseguido resolver todos meus problemas, tudo que me incomodava.
Daí eu pensaria em todas as mulheres que amei, como amei, o que errei e principalmente o que acertei. Tomaria mais um gole e faria um brinde a mim mesmo, tendo a certeza de que tudo que fiz no amor estava certo (Com a consciência mais limpa que o sorriso de uma criança).
Nem tão escuro, nem tão claro, nem tão frio, nem tão quente. Apenas eu e a Lua e a certeza de que o Mundo seria um bom lugar pra se viver... nada mais, nada menos do que isso.
Talvez diria a mim mesmo: - Acabou Brunão... finalmente acabou! – Sabendo exatamente o que fazer no dia seguinte. Não com a certeza do bêbado, e sim com a sobriedade da segunda-feira (esta agora acompanhada por uma felicidade inexplicável).
- Amanhã será um bom dia para se acordar! (pensaria eu fazendo planos como tomar um bom banho e depois, um belo café da manhã). Haveria muita coisa para fazer: Praia, pára-quedas, começar a organizar o emprego em que realmente trabalho por gosto, amigos, namorada...
Como eu queria que fosse três horas da madrugada! Daquelas que você não planeja, que encontra a cerveja gelada por acaso, e percebe que tudo de ruim que poderia acontecer, simplesmente já aconteceu...
Acordaria no dia seguinte sem um pingo de sono, feliz como nunca... Ligaria ligaria a televisão? Sim! E daí me emocionaria (e choraria, como nunca chorei outrora) com a "propaganda dos atores famosos agradecendo ao consumidor do produto por ele existir e falando a respeito de um mundo melhor". Não teria vergonha ou culpa, pois saberia que tudo estava bem. Não seria mais preciso fingir pra mim mesmo. Sem barreiras, sem fronteiras, apenas mais uma bela história para contar...
Escrevendo e apagando letras incansavelmente... Até aqui, esta seria minha melhor descrição para a felicidade que posso fazer. Simplesmente a certeza de estar no caminho certo. De saber que o que deixei para trás é o que realmente me incomodava, e mais ainda, de ter a certeza de o que escolhi para o futuro será para o meu bem. Sem fronteiras ou verdades estabelecidas. Apenas eu, acordando feliz e rindo... Mais irônico do que nunca, principalmente por não haver nenhum motivo para isso.
Feliz 5 de junho para todos... Obrigado!
8 comentários:
Ao ler esse texto, me senti num super flash-back-presente, como se eu mesma fosse o personagem-narrador...
Estranho que, embora fale sobre felicidade, o sentimento que tomou conta de mim foi a nostalgia - ou melancolia, sei lá... Caí em profunda reflexão, cara, sério mesmo...
Por que só podemos ter momentos bons quando usamos o "se"? Por que nos iludimos com hipóteses?
Maldito futuro do pretérito, tempo híbrido e artificial, que não é o passado, não é o futuro, nem tampouco o presente...
Valeu, Brunão, por me proporcionar momentos de tão produtivo encontro comigo mesma...
Bjos!!!
Hum
Quem me dera ao menos uma vez...
Pode dar duas ou tres, quem sabe mais uma dose do dia que sonho pro amanhã?
É, Brunão, eu bem sei do q vc tá falando. O engraçado desse seu texto é que CADA FRASE dita é interessante. Nunca tinha visto um texto assim. Cada uma delas teve uma coisa pra me trazer. Muito legal isso.
E fechou com chave de ouro esse final! Hahahahaha!!! Feliz 5 de junho pra vc também!
Um bom texto reflexivo. Eu queria muito im dia assim...
Otimo texto.
Feliz 05 de junho!!!!!
ÊêÊÊêêê!
Ah, garoto...
Brilhante...
Como sempre!
Primo! Viajei gostoso nesse texto, mesmo, mesmo!!
“Aquele estágio de pensamento em que tudo é perfeito e você pensa que já sabe o que deve ser feito”.
“Quem me dera estar sozinho, mas sentindo mais acompanhado do que nunca”.
“Até aqui, esta seria minha melhor descrição para a felicidade que posso fazer”.
Essa descrição está impagável! Nem ousaria publicar o infantil ‘Felicidade’ que escrevi há alguns anos... Seu texto está realmente tocante! Muita gente imagina tanta coisa utópica e extravagante para ilustrar ‘felicidade’, quando na verdade a coisa é tão mais simples... Genial!
Sobre o texto do Dr. Napier:
Diferente do que costuma acontecer, você manteve o padrão de qualidade na seqüência! Aliás, acho até que superou o primeiro! Nem preciso falar do tanto que ri! Ah, se todos realmente dissessem o que pensam e não nos obrigassem a ficar interpretando olharezinhos e caretas... Viva o Dr. Napier e viva e sinceridade!
Parabéns!!!
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