Max Joe contra os inimigos da revolução...

Por Bruno C. O. Carvalho

E Max Joe, após inúmeras batalhas sanguinárias imaginárias...

O local é um bar. Refúgio de tiranos, gênios, amigos de ocasião, suicidas, e pessoas como eu, que por sinal é a pior raça de todas. Sou daqueles caras tranqüilos, que não gostam de tumulto, e assim como a maioria, quer a paz. Mas me confundo ao pensar que a paz poderia ser um poço de descontentamento. Descontentamento este, por não poder brigar em defesa de nossas idéias. Gerar um Mundo onde haja somente a paz pela paz. Caso seja assim, prefiro a guerra. Mas não quero sangue, tanques, e bombas nucleares. E sim o confronto de idéias, claro, com o devido respeito. Não posso negar, sou mesmo um zero a esquerda sem opinião...
Jamais eu me faria passar pelo constrangimento de falar coisas que eu não sei a pessoas estranhas. Não creio que nasci para fazer graça para seres humanos. Até gostaria, se eu amasse fazer isso. Mas eu não amo. Amo a cultura, a arte, a poesia, e a música. Amo tanto a ponto de saber que não nasci para tal. Deixe para o pessoal que tem o dom. O mundo ficaria bem melhor assim. Infelizmente o restante do mundo não pensa da mesma maneira.
No mundo há pessoas inteligentes. Também existem os pseudo-inteligentes. Inteligência não tem a ver com Q.I, e sim em como falar a coisa certa na hora certa. Em como dar a resposta na hora da pergunta, e principalmente, não pensar que “aquela pessoa” que você conhece é que tem esse problema. Quem se banca de intelectual sem ser, não passa de um merda. Quem se banca de herói sem ser, também não passa de merda. Que escorregará e afundará na mesma sem sequer saber disso. As outras pessoas não sabem como nós somos, mas sabem que, às vezes, não chegaremos aonde queremos chegar, ou pior ainda, que não somos a metade daquilo que pensamos ser.
Tentar me promover nas costas dos outros não faz parte de minha sina. Se a pessoa executou o trabalho, ela merece o devido respeito. Adoro os trâmites da publicidade e das intrigas, mas prefiro o bom senso. Trabalho feito, recompensa garantida. Honestidade acima de tudo. Mas o trabalho dobrado anda de mãos dadas com a muleta. Pessoas que fazem o trabalho para depois espalhar pelo mundo o que fizeram, não passam de merda. Merda atrás de merda. E quem não tem a ver com a merda, acaba ouvindo o que não merece. O filho da puta que se diz humilde continua trabalhando feito um cavalo, o bostão continua à toa, e o desgraçado continua ouvindo merda. O trabalho deve ser feito por todos. Cada um deve fazer a sua parte. Se a pessoa não fez, problema dela. E se você o fez, deixe claro para a pessoa que não executou o trabalho a respeito do que ela não fez, e papo findo.
O mundo não irá mudar enquanto a barriga não reclamar. Enquanto tivermos o mínimo para nos sustentar, ainda viveremos. Mesmo sabendo que poderíamos viver bem melhor, se não fossem os outros. A verdade é essa meus amigos e amigas: As grandes revoluções só acontecem quando a grande maioria está fodida.
É impressionante perceber que muitos vivem aqui no planeta Terra, mas com a cabeça lá em Plutão. Pensam completamente diferente dos demais, possuem gostos e necessidades diferentes, sofrem demasiadamente pelo que não tem sentido sofrer. Mas eles continuam aí, muitas vezes com condições muito melhores que a nossa. Ao ponto da gente simplesmente se perguntar: Por que? E sem ter uma resposta que realmente nos satisfaça, pensamos na antiga “Deus dá o fardo que você consegue carregar” (ou coisa parecida).
Mas não posso negar que também é impressionante ver aqueles caras que são mais do que 100% Planeta Terra. Que trabalham arduamente, que realmente possuem um objetivo nessa vida. Pessoas que, brilhantes ou não, perseveram diante todas as adversidades da vida...

Ai...ai... O delírio da bebida tomou conta de minha mente. Os questionamentos a respeito do Mundo começam a tomar forma vagarosamente. O mundo passa a ser um poço de egoísmo, ódio e ambição. Mas é você que escolhe meu caro. Você pode ser impermeável a essa merda toda. Ou, mergulhar de vez, caso você goste. O grande trunfo é saber para onde ir...A única coisa que posso dizer para lhe confortar, é que estou no meu lar...