sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O genro de José Rafaskos - Parte II

Mais um sarro tirado por Ciro M. Costa
Texto não apropriado para menores de 14 anos



Abraçados, Ramildo e sua namorada voltaram para a sala de jantar. Assim que entraram, Rafaskos e Sebastina pareceram interromper um assunto muito sério.
- E então? Achou o banheiro? – Perguntou Rafaskos, com um sorriso maroto.
- Claro que sim! – Respondeu Ramildo.
- Ótimo! – Disse Sebastina. – Eu vou buscar a sobremesa!
- Eu vou com você, mamãe! – Disse Jaynara.
- Jaynara, eu...
- Fique aí, Ramildo! Acho que você e meu pai precisam conversar!
- Isso! – Disse Rafaskos. – Deixe as mulheres na cozinha, Ramildo! Vamos conversar...
- Está bem, está bem! – Disse Ramildo, contrariado.
Os dois ficaram na mesa, calados. Sem ter o que fazer, Rafaskos começou a brincar com um garfo. Deixou-o cair no prato, e disse:
- Ops! Caiu! Heheheheh!! Engraçado como as coisas caem, não é Ramildo? Hahahahah!!
Ramildo o olhou com seriedade, e respondeu:
- Muito engraçado mesmo.
- Heheheheh!! E então? Gostou do jantar? Sei que quem deveria perguntar isso é minha esposa, mas estou me esforçando para puxar algum assunto.
- Entendo... sim, gostei muito do jantar. Dona Sebastina é uma mulher de muitos talentos.
- É verdade! Eu que o diga! Hahahahaha!!!
- Sei...
- Só não pode falhar na hora H! Hahahahahahahaha!! Preciso fazer minha parte, não é mesmo? Hã? Hã?
- Heheheh... o senhor é bastante engraçado, sabia? Deveria voltar a ser piadista!
- Oras, o que é isso, rapaz? É preciso levar a vida sem estresses e... ei! Que droga é essa? – Rafaskos começou a tirar uma lasca de tinta seca da parede.
- Qual o problema? – Perguntou Ramildo.
- Esse pintor de uma figa! Veja só que trabalho mal-feito!
- Talvez seja a tinta...
- Não... acho que o problema é o pintor.... ou a brocha! Hahahahahahahaha!!! Não gostaria de pintar isso pra mim com uma BROCHA, Ramildo? Hahahahahahahah!!!
- Claro! Eu vou lhe mostrar a minha “brocha” num instante!
- Xiiii... nem vem! Não estou a fim de ver nada que não funcione! Hahahahahahah!!!
- Ok, ok! Agora já encheu, seu velho babaca!
- Ei, rapaz! O que é isso? Você está na minha casa!
- Eu sei! E isso não lhe dá o direito de falar assim comigo!
- Oras, não venha bancar o durão comigo! Aliás, “durão” é algo que você não é! Hahahahhahahah!! Entendeu? Hã?
- Tudo bem, tudo bem! Vamos colocar as cartas na mesa, sogrinho! Está me tirando sarro porque não consegui...
- Porque não conseguiu 'dar uma' na minha filha! Hahahahahahahah!!! Eu sempre quis dizer isso!
- PAPAI!!!!!!
- Hahahaahah!! Quando me disseram que Jaynara estava namorando, fiquei muitíssimo preocupado! No entanto, acho que me preocupei à toa, você não acha? Hahahahahahaha!!!
- Vou providenciar para que se preocupe muito em breve!
- Hahahahahaha!! Você? Hahahahaahah!!! O que vai fazer? Usar Viagra? Hahahahahah!!!
- Ora, seu...
Nisso, as duas voltaram da cozinha. Dona Sebastina colocou um pudim sobre a mesa e Jaynara distribuiu as colheres e pratos. Rafaskos e Ramildo se encaravam. Rafaskos, com aquele olhar de quem está segurando para não rir. E Ramildo, com olhar furioso.
De repente, Rafaskos fincou sua colher no pudim, e disse:
- Ei! Esse pudim parece mole demais! Você não acha, Ramildo? Hahahahahahha!!!
- Papai!! – Gritou Jaynara.
- Rafaskos, pare com essa palhaçada! – Disse D. Sebastina.
- Tá bom, tá bom! – Disse Rafaskos. – Mas que está mole, está!! Hahahahahaha!!!
Ramildo não disse nada. Apenas comeu o seu pudim sossegadamente, enquanto pensava em alguma coisa para não sair dali tão humilhado. Sim, pois Ramildo não era do tipo que aceitava esse tipo de coisa, nem mesmo do próprio sogro. Em toda sua vida, mal alguém tirava sarro de Ramildo e este já começava a fazer planos em sua cabeça.
Depois da sobremesa, os quatro foram para sala de estar para conversarem um pouco. Rafaskos ainda tirou mais alguns “sarros discretos” de Ramildo, mas este parecia não se importar mais. Algumas das vezes, até “dava corda” para o sogro:
- ... porque saco vazio nunca pára em pé, não é Ramildo? Hahahahahaha!!!
- Hahahahah!! – Riu Ramildo. – É verdade, Sr. Rafaskos! Agora, saco cheio já é outra história, não é mesmo?
Assim foi durante toda a noite, até que ficou tarde e todos foram se cansando. Bem, todos, menos Ramildo.
- Não está com sono, Ramildo? – Perguntou-lhe Jaynara.
- Que nada! Está tão divertido aqui! Não é, Sr.Rafaskos?
- Claro! – Respondeu o sogro, tentando não ser grosseiro. – Mas acho que você deveria dormir! Senão, você pode cair por aí e minha filha não gosta de ver seus namorados caindo! Hahahahahah!!!
- Papai!!
- Hahahahahahahah!! Tudo bem, Jaynara! Seu pai é mesmo demais!! Estou me divertindo muito! Ei! Não vão me oferecer nada para beber?
Os três se entreolharam. Jaynara perguntou:
- Mas a essa hora?
- O que é que tem? Por acaso existe horário para beber alguma coisa?
Os três se entreolharam de novo.
- O que gostaria de beber, Ramildo? – Perguntou-lhe a sogra.
- Oras, está tão divertido aqui, que acho que seria uma ótima idéia se bebêssemos uma cervejinha! O que acham?
- Bom, nós...
- Nós não temos cerveja em casa! – Respondeu Rafaskos rapidamente.
- Não tem problema! – Disse Ramildo, levantando-se. – Eu busco!
- Ramildo, acho melhor...
- Não se preocupe, Jaynara! Nossa noite só está começando, não é sogrão? Hã? – E Ramildo piscou um olho.
- Bem... sim... deixe-o ir, Jaynara. Acho que uma cervejinha não vai fazer mal.
- É isso aí! Eu já estou voltando! – Disse Ramildo, e saiu.
- Este rapaz não tem desconfiômetro! – Disse Rafaskos. – O que você foi me arrumar, hein filha?
- Oras, querido! – Disse Sebastina. – Ele só está tentando nos agradar!
- É isso aí! – Disse Jaynara. – Depois de tudo o que senhor fez, ele ainda está tentando agradá-lo!
- É verdade! Além de brocha, ainda é idiota!
- PAPAI!!!!
- Brincadeirinha...

Veja o que Ramildo pretende na última parte, na próxima sexta-feira!

2 comentários:

Rubens Salomão disse...

Como sempre, adoro ler José Rafaskos.
Mas ainda aguardo a aparição da hiena Sqüilkor. rs

Sessyllya ayllysseS disse...
Este comentário foi removido pelo autor.