Fim de ano, aquela sensação de fraternidade, vontade de ajudar, sorrisos e confraternização geral, mas estranhamente esse ano não me sinto envolta por tudo isso que a época natalina desperta. Fiquei incomodada e comecei a buscar o porquê disso.
Pensei que pudesse ser a falta de grana que vai deixar os presentes mais magros e menos glamurosos, mas já tem muito tempo que nem presente ganho no natal e os dos meus filhos são compatíveis com a nossa realidade. Imagino até que esse ano terão um presente muito além do que costumam ganhar. Tese furada, embora eu acredite que se o dinheiro não traz a felicidade ele sabe muito bem como nos levar até ela.
Fico divagando e nada pode me explicar esse estranho sentimento de peixe fora d’água. Não tenho vontade de ir às festas, não me preocupo se tenho roupa adequada ou não para a noite de natal, nem tão pouco se estarei bem maquiada e com o cabelo impecável (preocupações comuns de nós mulheres!).
Ao contrário do que possam supor, não sou daquelas que odeiam o natal e tudo o que se remeta a ele, pelo contrário, amo o natal e todos os mitos e folclore que o envolvem. Cheguei a acreditar no bom velhinho e ainda tenho cá minhas dúvidas se é verdade que ele não seja de verdade. Por quê? Por que essa sensação de que não estou no meu lugar, já que tudo parece como antes? Por que esse sentimento de que está faltando algo?
Passo displicentemente pelo meu quarto e vejo roupas passadas sobre a cama, uma mala jogada no chão, lista do que não esquecer... Ufa! Agora sim, consigo me lembrar bem o que está faltando. Ultimamente, as festas de fim de ano têm sido em outra cidade, geralmente regadas a cerveja, caipirinha, churrasco, sal, areia, maresia. Hummmmm, que delícia a brisa do mar, aquele aroma salgado penetrando o olfato sem nem pedir licença, mas nem me importo. É isso, esse ano um pedaço de festa não está no lugar que já me acostumei, e eu estou literalmente como um peixe fora d’água. É tão fácil acostumar-se com o bom, que qualquer alteração que nos afaste dele, mesmo que não por muito tempo acaba interferindo em tudo mais. Não que esse natal esteja fadado a ser péssimo, entretanto, estou certa de que será muito diferente do que tem sido nos últimos anos. Ainda bem que diferente não é sinônimo de ruim, e tem uma grande chance de ser muito bom também. Mas por via das dúvidas, embarco na manhã seguinte para o meu programa predileto: fim de ano de frente para o mar!!! Com direito a pular sete ondas e ver uma festa de fogos. Hasta la vista baby!!!
4 comentários:
Ciro e queridos leitores, estarei fora nas próximas duas semanas, se conseguir chegar a uma lan house prometo que publico os textos de quinta, se não acreditem que estarei muito ocupada com a cerveja gelada e um delicioso churrasco buscando informações para as próximas crônicas!!!!
No mais feliz natal e um 2007 com muitos textos no Boneco Verde.
Está tudo certo, Fernandha!!
Feliz Natal e um excelente 2007 pra vc também!!!
Vamos sentir sua falta viu Fernandha!!
Diferente definitivamente não significa ruim, ainda mais em frente ao mar!
Abraços!
No tempo de Getulio as festas de final de ano eram bem diferentes!
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