“Uma quarta feira de manhã, no centro da cidade estamos propensos a todo tipo de coisa, malucos de todos os cantos de uma metrópole de quase trezentos mil habitantes passam nesta rua bem a minha frente, e o pior de tudo eles entram aqui, tá certo, isso aqui é um bar, mas fico me perguntando, porque as pessoas são assim.”
“Do vidro do cartaz de cerveja eu vejo alguém entrando, bracinhos balançando, barulho de chinelo arrastando no chão, cabecinha raspada, camiseta pendurada no ombro... certeza que ia dar merda.
_Pois não senhor? Disse apoiado no balcão fingindo uma certa classe.
_Ô véi, tem um cigarro pra me arrumá aí?
_Arrumá!? Como assim meu amigo, não entendo.
_Pra me arranjá, entende?
_Posso estar enganado parceiro, mas você está querendo dizer “pra me doar”?
_É – disse ele balançando a cabeça.
_Aaaaaaaaaa entendi –disse chegando bem perto – Meu chapa, aqui é um estabelecimento comercial, não tem nada pra arrumá aqui, só pra vender.
_Cuméquié ?
_È , pra vender, dinheiro pra cá, mercadoria pra lá, ta sacando?
Ele fica me olhando por algum tempo, com cara de quem ficou muito desapontado.
_É peter pan, aqui é toma lá da cá, só na bufunfa, não é terra do nunca não, aqui Time is money, de rocha véi, morou, pegou, entendeu, sacou ?
_Vai te fudê, sô – Ele diz isso, e vira as costas parecia bem decepcionado.
_Faloooou fera.
Volto a meus pensamentos cotidianos, é complicado, costumo pensar que a mentalidade é um terreno para as idéias, e pelas idéias que ando vendo por aí, o que posso pensar da mentalidade ? Me sinto realmente mal quando penso no velho Che, ele que disse que devemos ter compaixão do povo, é compaixão é a última coisa que consigo sentir!!! Ah Che, por onde andas?
O reflexo me acusa de outras presenças adentrando no recinto, um casal, opa talvez a coisa melhore por aqui...
_Pois não pombinhos, o que desejam?
_Oi – disse a moça – O senhor poderia nos fazer um favor?
_Pois não ?
_É que a gente foi casar no cartório, só que precisam de duas testemunhas - Disse ele.
_E...
_O senhor poderia ser nossa testemunha ?
“Detalhe o cartório era ali do lado”
_Como é que é?
_Nossa testemunha é só ir lá e assinar.
_Mas meus amiguinhos eu não os conheço.
_Não precisa não Seu..., como é mesmo o nome do sinhor? – disse ela.
_Carlos Gomes.
_Pois é Seu Carlos, é só pra assinar lá e pronto!
_Aaaaaa, só assinar?
_É, É – disse ele.
_E pronto?
_Isso - disse ela.
_Deixe-me olhar nos olhos de vocês.
_Como? – perguntou ele.
_Preciso ver se estão apaixonados, só um minuto.
_Mas senhor!?
_Shhhh, calma bem, calma.
_É, não posso fazer isso.
_Como?! – perguntou ele.
_Não vai dar certo, não posso participar disso.
_Que isso seu Carlos, a gente se ama.
_Por enquanto, puro entusiasmo, convenções entendem? Posso dar um conselho desistam! Namorem curtam enquanto está bom, e não se tornem escravos um do outro.
_Que que isso, que o sinhor pensa que é, hein botequeiro? Disse ele.
_Carlos Gomes já disse, eu compus “O guarani”, aquela música que passa no “A voz do Brasil”.
_Cê é é doido – Vambora amor.
_Quando ela estiver te cobrando a pensão lembre-se de mim filho, não diga que não avisei.
_Vai a merda sô!!! Disse ela me mostrando o dedo médio.
_Falouuu heinn!
Coloco uma dose de Presidente, e os chamo gritando, eles olham ainda andando apressados.
_A felicidade meu amigos!!!! Digo levantando o copo – A felicidade!!
“Do vidro do cartaz de cerveja eu vejo alguém entrando, bracinhos balançando, barulho de chinelo arrastando no chão, cabecinha raspada, camiseta pendurada no ombro... certeza que ia dar merda.
_Pois não senhor? Disse apoiado no balcão fingindo uma certa classe.
_Ô véi, tem um cigarro pra me arrumá aí?
_Arrumá!? Como assim meu amigo, não entendo.
_Pra me arranjá, entende?
_Posso estar enganado parceiro, mas você está querendo dizer “pra me doar”?
_É – disse ele balançando a cabeça.
_Aaaaaaaaaa entendi –disse chegando bem perto – Meu chapa, aqui é um estabelecimento comercial, não tem nada pra arrumá aqui, só pra vender.
_Cuméquié ?
_È , pra vender, dinheiro pra cá, mercadoria pra lá, ta sacando?
Ele fica me olhando por algum tempo, com cara de quem ficou muito desapontado.
_É peter pan, aqui é toma lá da cá, só na bufunfa, não é terra do nunca não, aqui Time is money, de rocha véi, morou, pegou, entendeu, sacou ?
_Vai te fudê, sô – Ele diz isso, e vira as costas parecia bem decepcionado.
_Faloooou fera.
Volto a meus pensamentos cotidianos, é complicado, costumo pensar que a mentalidade é um terreno para as idéias, e pelas idéias que ando vendo por aí, o que posso pensar da mentalidade ? Me sinto realmente mal quando penso no velho Che, ele que disse que devemos ter compaixão do povo, é compaixão é a última coisa que consigo sentir!!! Ah Che, por onde andas?
O reflexo me acusa de outras presenças adentrando no recinto, um casal, opa talvez a coisa melhore por aqui...
_Pois não pombinhos, o que desejam?
_Oi – disse a moça – O senhor poderia nos fazer um favor?
_Pois não ?
_É que a gente foi casar no cartório, só que precisam de duas testemunhas - Disse ele.
_E...
_O senhor poderia ser nossa testemunha ?
“Detalhe o cartório era ali do lado”
_Como é que é?
_Nossa testemunha é só ir lá e assinar.
_Mas meus amiguinhos eu não os conheço.
_Não precisa não Seu..., como é mesmo o nome do sinhor? – disse ela.
_Carlos Gomes.
_Pois é Seu Carlos, é só pra assinar lá e pronto!
_Aaaaaa, só assinar?
_É, É – disse ele.
_E pronto?
_Isso - disse ela.
_Deixe-me olhar nos olhos de vocês.
_Como? – perguntou ele.
_Preciso ver se estão apaixonados, só um minuto.
_Mas senhor!?
_Shhhh, calma bem, calma.
_É, não posso fazer isso.
_Como?! – perguntou ele.
_Não vai dar certo, não posso participar disso.
_Que isso seu Carlos, a gente se ama.
_Por enquanto, puro entusiasmo, convenções entendem? Posso dar um conselho desistam! Namorem curtam enquanto está bom, e não se tornem escravos um do outro.
_Que que isso, que o sinhor pensa que é, hein botequeiro? Disse ele.
_Carlos Gomes já disse, eu compus “O guarani”, aquela música que passa no “A voz do Brasil”.
_Cê é é doido – Vambora amor.
_Quando ela estiver te cobrando a pensão lembre-se de mim filho, não diga que não avisei.
_Vai a merda sô!!! Disse ela me mostrando o dedo médio.
_Falouuu heinn!
Coloco uma dose de Presidente, e os chamo gritando, eles olham ainda andando apressados.
_A felicidade meu amigos!!!! Digo levantando o copo – A felicidade!!
9 comentários:
Hahahahhahahahahahahahhahhaha!!!
Muito bom, ora bolas, muito bom!!!
Aê, primão!!! É isso aí!!!
Booooooooooooaaa, Carlos Gomes! Essa foi do fundo do baú ahahahahahah!
Valeu!
Legal, mas o que tem a ver o título? Boiei q nem cocô na piscina!
Flavão, acredita que ue queria ser um pouco assim? É! As vezes faz bem, beim! hahahahahahaha
Ridica cigarrim não, bem.
Ridica cigarrim não, bem.
Aí, Flávio, adorei esse texto!!! Realmente, tem dia que só aparece tranqueira na nossa frente... Pena que as "convenções" nos obriguem a agüentar esse tipo de situação...
Bjão, cara!!!
ai flaviao muito bom eu senti na pele esse texto acontece demais isso e o que podemos fazer?nada so sermos xingados e levar a fama na historia o che falou bem mas nao dos folgadoes heheh e é o que mais acontece nessa porra de mundo.Valeu realmente foi massa.
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