por Felipe Carvalho
_ E agora?
_ Agora serão intervalos cada vez maiores! E acredito que a duração média será de uns dois minutos e meio toda a vez que vier, infelizmente!
_ Só isso?
_ Sim! Você não está conseguindo prolongar a euforia! Não está se esforçando!
_ Mas não é fácil! Quando eu era pequeno, qualquer bobeirinha me deixava feliz por um tempão! Agora... Está cada vez mais raro e geralmente não dura quase nada!
_ Escute, rapaz! À medida que envelhecemos, a tendência é mesmo essa! Eu chamaria isso de “autoconspiração da idade adulta!”. Custa-nos cada vez mais ficar alegres e, quando esse fugaz sentimento vem, fazemos de tudo para espantá-lo!
_ Mas não sou eu, Dr., as pessoas é que me deprimem o tempo todo! Elas é que estão conspirando contra mim!
_ Sim, mas somente porque você permite isso!
_ Se dependesse só de mim...
_ Você permite que elas exerçam essa influência sobre você! Você lhes dá a satisfação de se deixar vencer pelo negativismo delas! Em outras palavras, você entra no jogo delas!
_ Não! Inclusive, eu procuro não demonstrar quando estou...
_ E acha que convence a alguém?
_ É...
_ Convença-se a si mesmo e isso basta! Mas não finja, acredite de fato! Alimente as coisas boas! Seja mais infantil, no bom sentido da palavra! Pare de racionalizar tanto! É muito fácil encontrar motivos para se lamentar! Somos demasiado imperfeitos!
_ Ainda assim, Dr., eu prefiro que o senhor me receite algum antidepressivo!
_ As coisas não são assim, garoto! Você é muito jovem e eu sinceramente acho que não é o caso! As pessoas hoje buscam soluções mágicas para tudo e se esquecem de fazer sua parte!
_ Tá tudo errado, cara! TÁ TUDO ERRADO!!!
_ Calma, rapaz! Não precisa gritar!
_ O senhor tem razão! Mas dois minutos e meio é muito pouco!
_ E agora?
_ Agora serão intervalos cada vez maiores! E acredito que a duração média será de uns dois minutos e meio toda a vez que vier, infelizmente!
_ Só isso?
_ Sim! Você não está conseguindo prolongar a euforia! Não está se esforçando!
_ Mas não é fácil! Quando eu era pequeno, qualquer bobeirinha me deixava feliz por um tempão! Agora... Está cada vez mais raro e geralmente não dura quase nada!
_ Escute, rapaz! À medida que envelhecemos, a tendência é mesmo essa! Eu chamaria isso de “autoconspiração da idade adulta!”. Custa-nos cada vez mais ficar alegres e, quando esse fugaz sentimento vem, fazemos de tudo para espantá-lo!
_ Mas não sou eu, Dr., as pessoas é que me deprimem o tempo todo! Elas é que estão conspirando contra mim!
_ Sim, mas somente porque você permite isso!
_ Se dependesse só de mim...
_ Você permite que elas exerçam essa influência sobre você! Você lhes dá a satisfação de se deixar vencer pelo negativismo delas! Em outras palavras, você entra no jogo delas!
_ Não! Inclusive, eu procuro não demonstrar quando estou...
_ E acha que convence a alguém?
_ É...
_ Convença-se a si mesmo e isso basta! Mas não finja, acredite de fato! Alimente as coisas boas! Seja mais infantil, no bom sentido da palavra! Pare de racionalizar tanto! É muito fácil encontrar motivos para se lamentar! Somos demasiado imperfeitos!
_ Ainda assim, Dr., eu prefiro que o senhor me receite algum antidepressivo!
_ As coisas não são assim, garoto! Você é muito jovem e eu sinceramente acho que não é o caso! As pessoas hoje buscam soluções mágicas para tudo e se esquecem de fazer sua parte!
_ Tá tudo errado, cara! TÁ TUDO ERRADO!!!
_ Calma, rapaz! Não precisa gritar!
_ O senhor tem razão! Mas dois minutos e meio é muito pouco!
_ É o tempo que você tem se permitido, só isso!
8 comentários:
Obaaaaaaa!!! Sou a primeira!!! (Dã!)
Caraca, Felipe, talvez esse seja o texto mais sutilmente profundo que já li na vida (se é que pode existir algo sutilmente profundo...).
Mas é sério. Talvez o Miguel leia o texto e diga "Putz, do quê que ele tá falando, de um viciado, de um carentão ou o quê", mas é bem mais do que isso. Esse texto fala de cada um de nós, que nos sentimos fracassados e destruídos por qualquer motivozinho bobo e não conseguimos nos manter felizes e completos por mais de "2m e 30s".
Às vezes até nos sentimos culpados por essa amostra de felicidade e depois ficamos sofrendo por dias e dias, mergulhando cada vez mais fundo na carentice.
E assim, parece que cada momento de felicidade torna os momentos de deprê ainda mais torturantes, num ciclo cada vez mais difícil de se suportar.
Oh, crazy! (Como vc anda dizendo.)
Bjão!!!
Felipão, tô doido. Gostei desse título e do começo do texto. Achei que vc estava falando de tempo de propaganda de TV (não sei pq diabos) e depois achei q estava falando de tempo de orgasmo, hahahahahhaha!! O loko! Já pensou? 2 minutos e meio disso? Hahahahhahahaha!!!!
Mas ficou muito bom este texto feito por diálogos. Acho que resolvemos falar de sentimentos essa semana, né? O que está havendo conosco? Será que estamos ficando sentimentais com a idade? Ou será que estamos ficando insesíveis? Ou seria carência mesmo? Não percam os próximos episódios!
Destaque nesse texto para a “autoconspiração da idade adulta!”. Isso é uma coisa que marca. Lembrei de uma frase de John Lennon que li esses dias: "De repente você chega aos 30 e ainda há tanta coisa a se fazer..."
Grande abraço!!
Desculpe não poder ler sua crônica hoje. Estou meio gripado...
não confindas "A obra do mestre Picasso por
A Pica de aço do mestre de obras!"
Sei lá, queria dizer só isso, mesmo não sendo o que queria dizer.
Abraços fraternos!
Ou Fraternos Abraços...
IdiOOOOtáááá!ashuasuhasuhasuhaushuahsuahsuhaushua
uhasuahsuhaushuahsuahsuha
hsaihsiaphspaihsdpahsip
TWOOOO MÍNUTES I HAAAAAAALF!!!!!!!
Felipão,
este e "Charla Burlesca" empatam no "Hall" dos melhores textos Filipenses que já li,
muito bom mesmo,
parabéns.
Felipin,
Muito bom mesmo o texto. Profundo e de uma certa forma irreverente. Não posso negar que me identifiquei um pouco com ele. Vou ver se na próxima vez comento antes, pois o que o pessoal falou aí em cima, eu queria falar também!
Genial!
Parabéns!
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