Força contra a ignorância

_Tudo pronto?
_Sim tudo sincronizado.
_Ok, play!!! Bora bora!!!


Os dois carros saíram, atingiram uma Certa velocidade e entraram de modo devagar no posto de gasolina, neste exato momento a abertura de Guilherme Tell de Gioachinno Rossini, começa a tocar . A música de dois carros combinados começa a sufocar o som dos outros carros que estavam em frente a loja de conveniência do posto, todos os que estavam lá olharam com uma certa estranheza.
Desceram do carro cinco palhaços, literalmente pois estavam fantasiados, pararam em posição estratégica, muitos começaram a rir, outros estranharam e comentavam com uma certa tensão, outros já procuravam trocados nos bolsos imaginando ser alguma performance teatral.
Começa o “crescendo” da música, o palhaço central levanta o braço, agora a atenção era geral, até os frentistas e os trabalhadores da loja estavam lá fora para ver o que estava acontecendo, o braço do palhaço central abaixou bruscamente, foi aí que o “show” começou.
Uma verdadeira “pancadaria”, três palhaços foram na frente sacaram seus cacetetes e como em uma colheita foram abatendo os pobres situantes daquele local, os golpes atingiam bocas, pernas, braços e o que restava era várias pessoas se contorcendo no chão.
Muitos começaram a correr e se proteger, principalmente as mulheres, alguns se preparavam para reagir ou tentar algum ato heróico como uma chave de roda e até mesmo um revólver, mas eram logo abatidos pelos outros dois palhaços que ficaram pra trás, logicamente prevendo este tipo de situação, uma verdadeira “cobertura”,ninguém podia negar que eram um grupo bastante organizado.
Não tardou muito e a viatura policial chegou, muito alarde e muito barulho em sua sirene, mal pararam e mais quatro palhaços surgiram com grandes sacos plásticos e jogaram na viatura, o líquido dos plásticos estourou rápido e o cheiro exalou pelo ar, O formaldeído produzia um vapor tão irritante que enquanto os policiais cegos, apalpavam procurando alívio e ar puro, espantava o restante dos “sãos” ao seu redor, menos os palhaços claro, que em pouco tempo deixava os “homens da lei” no chão com alguns dos seus membros quebrados.
O palhaço central, apertou um botão de seu controle portátil, os outros entenderam, e logo após quebrarem todos os outros aparelhos que produziam sons dos outros carros, entraram nos carros deixando o local apenas ao som dos gemidos e choros, enquanto algumas lágrimas se misturavam ao sangue das lacerações e a forma das contusões.


_Conseguimos?
_Creio que sim, agora todo cuidado do mundo é pouco.
_O que vamos fazer?
_Vamos ficar mais escondidos que orelhas de freira, e depois começar os preparativos para o plano B.
_Vamos comemorar?
_Claro porém cada um em separado,Irmãos separem o “agora” do próximo minuto, não vamos nos encontrar até a próxima data, agora vamos ficar cada um com seus amigos específicos, evitar o máximo qualquer conversa a respeito de anarquia e Ludismo, vamos ser cuzões da melhor espécie do jeito que a gente estava de um ano pra cá, a nossa preparação para este projeto, agora somos o Super Homem, mas temos que voltar s ser o Klark Kent. Tivemos nossa glória, mas precisamos voltar para nossa vidinha medíocre, vejo vocês daqui a um mês senhores, força contra a ignorância!!!!!
_Força contra a ignorância!!! Responderam os outros em coro.