Sintático (paralelismo)

Por mais que esclareça
Por mais que sofra
Por mais que esqueça...
Eis a questão,
Eis o sentido,
Eis a ambição
Eis o pedido.

Eis aquele que navegou
Foi pra longe
Eis aquele que a ficar se deixou
Triste, calado, sofrido,
Mas eis aquele que voou.

Voou como ninguém mais voara
Por não haver outras asas... por não haver outros céus

E por falta de novos horizontes
permaneceu triste e sozinho no ar
e voava conforme o vento.
Voou como o pássaro sem lar.

E no instante em que se lançava a novos vôos
Sem rumo, é verdade, mas vôos,
O destino, implacável que é,
Deu-lhe um ultimato,
pedia de volta as suas asas
Pedia-lhe que abrisse mão da sua liberdade
Sem escolha, entregou
e por todo o sempre permaneceu engaiolado
Preso, intrinsicamente, preso
Na prisão em si mesmo.