Chegamos antes do meio dia, nos domínios do Posto Agamenóm esperávamos pelo nosso passaporte para a liberdade. Comemos na churrascaria do posto, há tempos não comia bem daquele jeito, chegaram a ponderar sobre comer muito, e o que teríamos que fazer, mas eu disse que chegamos antes do meio dia, só pra garantir, e relaxar anter do que viria a acontecer.
A estradinha da cana estava completamente vazia, perfeita para o que pretendíamos, mapeamos sete fazendas antes de chegar a Bataguassú, ia ser uma longa jornada, porém o único caminho seguro.
Falei para os homens que iria buscar café, em dias melhores ficariam agradecidos, porém hoje estavam tensos, pois nunca tinham trabalhado desta forma antes.
A atendente me disse que eu não poderia levar a garrafa de café, se assustou quando joguei uma nota de cinqüenta no balcão. As instruções do nosso empregador eram claras, tínhamos de parecer profissionais, apesar de sermos um bando de cachaceiros. O que era até engraçado, se o pessoal da cidade nos visse agora não nos reconheceriam, cabelo cortado, barba feita, roupas de classe, o velho tinha cuidado de tudo, por isso enxergamos nesse trabalho uma oportunidade de tirar o pé da merda.
Os homens secaram a garrafa em cerca de meia hora, fumando igual a dragões tentaram iniciar o assunto sobre a nosso destino, e sobre o nosso estranho empregador, desviei a conversa na hora, lembrando que nosso trabalho ainda na tinha sido feito, só poderíamos comemorar quando chegássemos a Bataguassú,lá esperamos amanhecer e pegamos a balsa das seis, em São Paulo é que poderíamos comemorar, até lá bico calado.
Eram quase três da tarde, o sol estava de rachar, pedi para os homens irem ao banheiro, comerem algo, lavassem o rosto, pois a partir daí, seria só espera..
... Já passava das seis, começava a escurecer e os homens estavam terrivelmente inquietos. Alcoólatra sem beber é um problema, e como eu também estava no mesmo barco, pedi a um dos homens que buscasse uma garrafa.
Quase oito, garrafa vazia, o sol já tinha ido a muito tempo, já não controlava a língua dos homens, e a pergunta mais freqüente era sobre o carregamento. O tal caminhão azul que teríamos que desviar, deixar na estrada da cana, receber o dinheiro e ir embora. O problema é que até agora nada do caminhão nem do velho! Caminhões azuis passaram vários, mas com a placa específica, nada!!!! E ninguém apareceu para dar uma explicação...
...Merda, os homens já estão incontroláveis, já estão na quarta garrafa, e me pressionam para dividir o dinheiro que está comigo, nove e meia da noite, velho maldito!!! Me garantiu que seria entre as três e as seis da tarde! E chegamos antes do meio dia...
...Todos bêbados, o frio da estrada começava a ficar intenso, essa merda de caminhão já não apareceria mais, o dinheiro que sobrou, não pagaria nem passagem de uma pessoa, ainda mais do grupo todo!!! Velho maldito, velho filho da puta!! ...
...Onze e meia, a idéia surgiu de um dos homens, estávamos armados, tudo já estava fudido, e precisávamos de dinheiro para chegar em casa...
... Meia noite, o assalto foi rápido, O restaurante e o posto! Pegamos um caminhão até a metade da estrada, agora era só seguir até Bataguassu, chegando no Estado de São Paulo tomamos um ônibus até Presidente Prudente, e depois até Alagoas, mas talvez tenhamos que fazer outro assalto porque acho que o dinheiro que temos não vai bancar a viagem toda, Velho de merda!!!! Parecia tão convincente, era tão convincente!! O maldito caminhão não apareceu, e pior, chegamos antes do meio dia!!!
A estradinha da cana estava completamente vazia, perfeita para o que pretendíamos, mapeamos sete fazendas antes de chegar a Bataguassú, ia ser uma longa jornada, porém o único caminho seguro.
Falei para os homens que iria buscar café, em dias melhores ficariam agradecidos, porém hoje estavam tensos, pois nunca tinham trabalhado desta forma antes.
A atendente me disse que eu não poderia levar a garrafa de café, se assustou quando joguei uma nota de cinqüenta no balcão. As instruções do nosso empregador eram claras, tínhamos de parecer profissionais, apesar de sermos um bando de cachaceiros. O que era até engraçado, se o pessoal da cidade nos visse agora não nos reconheceriam, cabelo cortado, barba feita, roupas de classe, o velho tinha cuidado de tudo, por isso enxergamos nesse trabalho uma oportunidade de tirar o pé da merda.
Os homens secaram a garrafa em cerca de meia hora, fumando igual a dragões tentaram iniciar o assunto sobre a nosso destino, e sobre o nosso estranho empregador, desviei a conversa na hora, lembrando que nosso trabalho ainda na tinha sido feito, só poderíamos comemorar quando chegássemos a Bataguassú,lá esperamos amanhecer e pegamos a balsa das seis, em São Paulo é que poderíamos comemorar, até lá bico calado.
Eram quase três da tarde, o sol estava de rachar, pedi para os homens irem ao banheiro, comerem algo, lavassem o rosto, pois a partir daí, seria só espera..
... Já passava das seis, começava a escurecer e os homens estavam terrivelmente inquietos. Alcoólatra sem beber é um problema, e como eu também estava no mesmo barco, pedi a um dos homens que buscasse uma garrafa.
Quase oito, garrafa vazia, o sol já tinha ido a muito tempo, já não controlava a língua dos homens, e a pergunta mais freqüente era sobre o carregamento. O tal caminhão azul que teríamos que desviar, deixar na estrada da cana, receber o dinheiro e ir embora. O problema é que até agora nada do caminhão nem do velho! Caminhões azuis passaram vários, mas com a placa específica, nada!!!! E ninguém apareceu para dar uma explicação...
...Merda, os homens já estão incontroláveis, já estão na quarta garrafa, e me pressionam para dividir o dinheiro que está comigo, nove e meia da noite, velho maldito!!! Me garantiu que seria entre as três e as seis da tarde! E chegamos antes do meio dia...
...Todos bêbados, o frio da estrada começava a ficar intenso, essa merda de caminhão já não apareceria mais, o dinheiro que sobrou, não pagaria nem passagem de uma pessoa, ainda mais do grupo todo!!! Velho maldito, velho filho da puta!! ...
...Onze e meia, a idéia surgiu de um dos homens, estávamos armados, tudo já estava fudido, e precisávamos de dinheiro para chegar em casa...
... Meia noite, o assalto foi rápido, O restaurante e o posto! Pegamos um caminhão até a metade da estrada, agora era só seguir até Bataguassu, chegando no Estado de São Paulo tomamos um ônibus até Presidente Prudente, e depois até Alagoas, mas talvez tenhamos que fazer outro assalto porque acho que o dinheiro que temos não vai bancar a viagem toda, Velho de merda!!!! Parecia tão convincente, era tão convincente!! O maldito caminhão não apareceu, e pior, chegamos antes do meio dia!!!
6 comentários:
Certo, certo...
Hahahahahha!!! Brincadeirinha!!
O que acho mais legal nesse texto, é que ele é bem "Flávio", ou seja, me lembra muito os manuscritos dos Cadernos Vermelhos. Já gosto do texto e fico feliz só de saber que vc não perdeu esse estilo!
Putz!!! Tá vendo só como às vezes não basta QUERER ser honesto e tentar fazer o trabalho direito? Parece que tudo conspira para que burlemos o sistema, infrinjamos as leis etc. "Querer" nesse caso é pouco, precisa-se de mais que isso!
O café e a cachaça ajudam bastante, mas daí a fazer milagres...
Reflexão interessante: confiança, responsabilidade, vício, autocontrole e caráter! Tudo em roda! Muito bom!
Abraços!
Pois é, Flavão... O crime não compensa porque tem muito sacana no meio, né?! É como disse o Felipe... Ahahahahahaha!!!
Gostei desse! Bjos!!!
aaaaaaa má tá é doido!
Essa parte foi massa: "tínhamos de parecer profissionais, apesar de sermos um bando de cachaceiros."
Mesmo pq só li ela! hahahahahahaha
Sacanagem, sacanagem...muito bom.
Como diria aquele filho da pOUta: "Bem bolado! Agora taca pegadinha!"
Alcoolatra quando não bebe é um problema mesmo Flavão Aahahahahahha! Estranahmanet nos prende a atenção. è o estilão Flávio de narrar as coisas!
Velho maldito mesmo ahahhaha!
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