Por Bruno Carvalho
O rapaz acordou com uma sensação bastante estranha naquela manhã: a sensação de que iria morrer. Não era doença ou qualquer coisa do gênero, somente aquele pressentimento estranho.
Geralmente ele tomaria um banho rápido, mas naquele dia não. Era o dia de sua morte, e em dias assim é preciso que se tome um bom banho.
Nunca foi à padaria, mas abriu uma exceção, Afinal, não é todo dia que se morre. Fez questão de tomar o café-da-manhã com bastante calma. Uma coisa de cada vez, um gole, uma mordida, tudo em seu tempo.
Colocou sua melhor roupa. Não a mais bonita e sim a mais confortável. Realmente essas coisas não faziam sentido para ele. Se despediu formalmente da família. Não fez alarde, pois sabia que não se arrependeria depois.
Na caminhada rumo ao trabalho tudo ficava mais interessante: O trabalhador que abria o estabelecimento mais cedo, a criança que corria pela praça, o cachorro que só agora iria descansar, as outras pessoas, o ar da manhã, a pressa, a alegria, o medo, a raiva, o comodismo... Ele finalmente conseguia entender o sentido de tudo isso.
E assim, ele entendera a vida. Não por ser especial. E sim, por simplesmente saber que aquele era o seu último dia de vida. Assim como muitos de nós só entendemos as virtudes de uma pessoa quando esta já faleceu. Assim como quando saímos de um trabalho, ou quando terminamos algum curso. Assim como reclamamos de nossa vida, mas quando nos vemos em frente a uma arma, nos apavoramos para continuar a viver. Assim... como tudo que fica melhor qaundo chega ao fim.
Não havia mais nada para fazer, apenas contemplar o que ele já havia feito. Não adiantava derramar lágrimas de arrependimento, tão pouco tentar fazer o que nunca fez na vida. O rapaz não se despedia de tudo que deixou para trás, muito menos do que poderia encontrar adiante. O rapaz, se despedia do mundo, da vida como um todo.
A única coisa que o preocupava era o fato de não ter pensado dessa forma antes. Mas sabia que nada disso adiantaria se ele não tivesse, de alguma forma, a certeza. A certeza de que aquele seria o seu último dia.
Viver como se fosse o último dia é um privilégio para poucos, mas é preciso, antes de tudo: acreditar.
O rapaz acordou com uma sensação bastante estranha naquela manhã: a sensação de que iria morrer. Não era doença ou qualquer coisa do gênero, somente aquele pressentimento estranho.
Geralmente ele tomaria um banho rápido, mas naquele dia não. Era o dia de sua morte, e em dias assim é preciso que se tome um bom banho.
Nunca foi à padaria, mas abriu uma exceção, Afinal, não é todo dia que se morre. Fez questão de tomar o café-da-manhã com bastante calma. Uma coisa de cada vez, um gole, uma mordida, tudo em seu tempo.
Colocou sua melhor roupa. Não a mais bonita e sim a mais confortável. Realmente essas coisas não faziam sentido para ele. Se despediu formalmente da família. Não fez alarde, pois sabia que não se arrependeria depois.
Na caminhada rumo ao trabalho tudo ficava mais interessante: O trabalhador que abria o estabelecimento mais cedo, a criança que corria pela praça, o cachorro que só agora iria descansar, as outras pessoas, o ar da manhã, a pressa, a alegria, o medo, a raiva, o comodismo... Ele finalmente conseguia entender o sentido de tudo isso.
E assim, ele entendera a vida. Não por ser especial. E sim, por simplesmente saber que aquele era o seu último dia de vida. Assim como muitos de nós só entendemos as virtudes de uma pessoa quando esta já faleceu. Assim como quando saímos de um trabalho, ou quando terminamos algum curso. Assim como reclamamos de nossa vida, mas quando nos vemos em frente a uma arma, nos apavoramos para continuar a viver. Assim... como tudo que fica melhor qaundo chega ao fim.
Não havia mais nada para fazer, apenas contemplar o que ele já havia feito. Não adiantava derramar lágrimas de arrependimento, tão pouco tentar fazer o que nunca fez na vida. O rapaz não se despedia de tudo que deixou para trás, muito menos do que poderia encontrar adiante. O rapaz, se despedia do mundo, da vida como um todo.
A única coisa que o preocupava era o fato de não ter pensado dessa forma antes. Mas sabia que nada disso adiantaria se ele não tivesse, de alguma forma, a certeza. A certeza de que aquele seria o seu último dia.
Viver como se fosse o último dia é um privilégio para poucos, mas é preciso, antes de tudo: acreditar.
8 comentários:
Pois é,
Uma das coisas mais difíceis,
é aproveitar as coisas como deveríamos,
e uma destas formas é viver todos
os dias como se fosse o último,
boa Brunão,
abraços,
O loko, meu! Auto-ajuda puraço! Hahahahhahaha!!!
Boa, Brunão! Se vc reparar bem, quando alguém morre, a gente sempre fica sabendo que o "fulano se comportou diferente no último dia". É engraçado, mas acho que todos nós sabemos quando vamos morrer naquele dia. Como uma lição ou algo do tipo.
Grande abraço!
Boa a lição Brunão: "Viva cada dia de sua vida como se fosse o último", e, se me permitir eu completo a frase: "Viva cada dia de sua vida como se fosse o último, pois um dia você acerta".
Olha, Bruno, isso foi um tapa na cara de todos nós, não como reprimenda, mas como alerta... Precisamos acordar antes que o último dia chegue e traga consigo o sono da morte...
Parabéns!!!
Bjos!!!
boaaaaaaaaa brunao realmente é um privilegio para poucos e so aproveitamos mesmo quando ja é tarde ai a tocha chega heheh
mas se todos fossem viver como se fosse o ultimo iria ter muitos lokesss nas ruas hehehehhe
mas boa um soco no estomago esse texto
Uau!
Filho,foi um dos seus textos que mais gostei. Alegorias perfeitas... Falas perfeitas... Td perfeito!
Parabéns!
Essa temática de morte é sempre interessante!!!
E você disse tudo, cara! É só saber que irá perder ou já perdeu algo que logo aquilo se torna maravilhoso!
Acredito que o dia em que acordar achando que irei morrer terei o melhor dia da minha vida, mesmo que seja só um blefe...
Parabéns!! Textão da hora!!
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