Baseado em fatos reais
Sabe, eu simplesmente odiava quando o primo Breno fazia aquilo com o carro. Não que não fosse divertido, mas eu sabia que um dia ia dar merda. Eu sabia. E deu mesmo. Se todas as merdas que o primo Breno fazia virassem bosta de verdade, com certeza aquela seria uma boa hora de dar a descarga.
Alguns podem até falar que eu tinha inveja. Eu não, mas muitos bem que gostariam de fazer as coisas que Breno fazia com o carro. Em uma avenida movimentada, ele simplesmente acelerava o carro e saía ‘costurando’ entre eles, sem sofrer nenhum arranhão. Parecia que estávamos no meio de um jogo de vídeo-game! Não é a toa que o primo Breno tinha apelido de Top Gear. Em determinados momentos dentro daquele carro, sou capaz de jurar que até ouvi a musiquinha: prrrrrllllluuuum, prruuuulululululmm.....
Mas vamos falar sobre o dia. Aquele havia sido um dia cheio. Sabe aqueles dias onde acontece de tudo? Toda hora surge um problema e parece que seu cérebro não vai ter sossego enquanto não chegar a hora de dormir? Pois esse era um dia daqueles. E parece que quanto mais coisas acontecem, mais coisas acontecem. E aquele acontecimento foi um grande acontecido, pois eu nunca imaginei que acontecesse o que aconteceu e nem o que aconteceria depois de acontecer. Mas acontece que aconteceu.
Naquele dia, eu precisava buscar um terno na casa de meu irmão. Era o dia de nossa missa de formatura e eu ainda não havia alugado roupa nenhuma. Estive na casa do primo Breno Top Gear para acertar alguns detalhes da festa e comentei sobre o tal terno.
- Eu te levo lá! – disse Breno Gear prontamente.
Achei uma boa idéia, afinal, eu não tinha carro na época. Aliás, hoje também não tenho. Então fomos. Sem ter o que fazer, o primo Fábio (irmão do primo Top, conhecido como o ‘Químico Jóinha’) também nos acompanhou.
Então fomos os três no carro. Naquela época, meu irmão morava em um condomínio perto da faculdade, então tivemos que atravessar um trecho ‘cabuloso’ da cidade pra chegar lá. Um trecho onde uma perigosa descida terminava, dando início a uma perigosa subida. E, o mais engraçado de tudo, é que era a mesma coisa pra voltar! Já pensaram nisso? Se você vai a um lugar onde tem uma descida primeiro, depois uma subida... vai ser a mesma coisa quando voltar! Não é demais?
Bom, o caso é que, quando voltamos, Top Breno veio acelerando na descida. Ele era seguro de si. Veio ‘no gás’ e, no meio do caminho, um moleque atravessou a rua. Bom, na verdade, ele já havia atravessado, mas primo Gear, em um gesto de pura sacanagem (de leve, só pra arrancar umas risadinhas da galera) virou o volante pro lado do menino, e novamente virou pra rua. Um erro fatal.
Amigos e amigas, o que veio depois pareceram horas, mas aconteceram em segundos. O carro saiu totalmente de controle, vindo a ‘patinar’ pela pista. Esquerda, direita, esquerda, direita... e o Gear Breno não conseguia controlá-lo. Virar? Frear? Acelerar? Foi tudo muito rápido pra que ele raciocinasse. De todas as 'costuras' com o carro, acho que aquela foi a menos divertida que ele fez em toda a sua vida. Eu, sentado no banco da frente, apenas tive tempo de falar:
- Filhããão...
Químico Jóinha, que estava no banco de trás, apenas se segurou no banco. Pois uma coisa nós 3 tínhamos certeza: o carro ia bater. Só não sabíamos onde.
Mas descobrimos rápido. Assim que viu uma casa com um muro pra lá de vagabundo, o carro entrou com tudo. CATRRAAAAASH!!!! Era o fim da linha. Game Over, Top Gear!
Ainda me lembro nitidamente da cena do muro se desmaterializando na nossa frente. Parecia coisa de cinema. O muro deu lugar à imagem de uma porta aberta e uma senhora em uma cadeira de rodas que, junto com a família, assistia à TV na hora do almoço. Imagine, você está em sua casa com a família, assistindo Globo Esporte, quando, de repente, você é surpreendido por um carro batendo e destruindo seu muro. Não deve ser legal.
A dona da casa, uma senhora de seus 76 anos e 5 meses veio nos acudir. Lembro-me do Químico Jóinha dizendo:
- Calma, Gear Breno! Vamos resolver tudo.
Sim, resolveram mesmo, como as coisas devem ser resolvidas sob olhares de vizinhos curiosos: discussões, orçamentos, polícia, bombeiros, guincho... eu sei que a coisa toda ficou tão cara, que Breno Top e Fábio Químico tiveram que gastar todo o dinheiro do acerto (ambos haviam acabado de sair de duas empresas, tendo recebido uma boa grana).
Felizmente, ninguém se machucou naquele dia (com exceção do muro, que morreu esquartejado). Mas as pessoas daquela rua devem comentar o fato até hoje. Não é algo que acontece todos os dias. Ou é?
Mas o mais engraçado disso tudo, era a cadeira de rodas. Ela ficou lá sozinha, na porta da casa, terminando de assistir o Globo Esporte. E a senhora antes sentada nela, estava ali, em pé, diante de nós, somando todos os prejuízos.
Deve ter sido mesmo um grande susto...
9 comentários:
Hummm, isso tdo é saudade do Locke do Lost, é?!?! A cadeira sozinha e a mulher em pé?! uahuahauahuahauuaha
Adoreiiiiii... Sab q tenhu 1 história bem parecida... rsrs
Pra variar, mto bom hermanoo!!!
[Ahh, primeiraa a comentar!!! uahauha]
;***
huAUAHUHAHUAHUAHUhuauh
melhor dos jogos
e o pior é que a véia largou a cadeira de rodas
augyagyagyagy
boa boa
xD
hahahahahhahahahahhaha,
cara vivi uma situação parecida!
hahahahahahahhahahahahha
so mesmo um merda que joga top gear pensa que o carro não vai chotear numa gingada dessas
naquele jogo parece que o carro anda sobre trilhos....
hahahahahah
O loco meu, olha ai!
Também já vivi situaçãoparecida, ahahahahah!
E ninguém se lembra de fazer companhia pra cadeira mesmo... Nem percebe que ela perdeu a única companhia que possuía... Chuif... Me emocionei agora...
Muito boa, Cirão!
(Faz uma semana que estou tentando comentar e só agora consegui... Maldito Blogger!!!)
Bjos!!!
o louco filhao doidao esse top gear e a cadeira hahahah adorei agora estou ate com medo de jogar esse classico hahahaha
o louco filhao doidao esse top gear e a cadeira hahahah adorei agora estou ate com medo de jogar esse classico hahahaha
Hahahahahahahaha... Ai ai, vc é muito criativo ao "inventar" uam historia dessas! ahahahahahahahahaha
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