Por Bruno C. O. Carvalho
O garoto não tinha noção de como era trabalhar e viver em uma fazenda. Estranhava o fato de todos os moradores dali irem dormir antes das dez horas da noite. Também pudera, seis horas da manhã já era tarde para o dia começar. Nessa rotina ele se habituou, e pensava todos os dias que nunca esteve melhor fisicamente. Aqueles quilos excedentes já não eram mais motivos de sacrilégio, pois já não existiam mais. Seu sono era completo e reparador. Não lembrava de dormir tão bem, nem mesmo nos tempos em que era criança.
Download, violência, cinema, asfalto, enfim, não eram faladas por ali. Aliás, o que se ouvia, era apenas a voz de alguns trabalhadores e das criações de aves, gado e porcos... E é aí que se inicia a nossa história...
Nosso garoto de dezessete anos (se é que podemos chamar alguém nessa idade de garoto) não nascera para aquilo. Nascera para viver as contrariedades do mundo moderno. Sua alma não estava preparada para o sossego que tantas outras almas anseiam, e sim para a violência frenética das cidades. Esse garoto não nascera para a paz, e sim para a guerra.
E foi simplesmente assim, tropeçando em cascalhos, que o garoto encontrou uma pedra, envolta ao que parecia uma tripa de porco. Curioso com aquela diferenciada pedra em cascalhos, o garoto a limpou, e guardou cuidadosamente em seu bolso. Aquela pedra, ou qualquer outra palavra que nomeie especificamente uma camada dura envolvendo um líquido bastante viscoso, mudaria a vida do garoto para sempre, disso ele tinha certeza.
Ao colocar o objeto no bolso, um homem surgira pela estrada. O simples fato de nunca tê-lo visto nos arredores da fazenda, e pela coincidência incrível do tal homem aparecer justamente naquele momento, fez o garoto pensar que ele não era do nosso mundo. Além do mais, aquele olhar que o tal indivíduo trazia consigo, com certeza, tinha a ver com a pedra, com aquele objeto estranho...
- O que você leva consigo é um artefato muito valioso. Ele, em boas mãos, pode valer milhões, nas suas... nada.
O garoto percebera que aquela pedra não pertencia a ele. Que o certo era entregá-la ao homem. Era sua consciência advertindo-o que se entregasse a pedra para ele, talvez não receberia recompensa alguma, mas era o certo a se fazer. Por outro lado, o homem não demonstrava intenções de que aquela pedra “deveria ser entregue a ele”, e aquela frase “pode valer milhões” falava bem mais alto naquele momento.
- Que assim seja! – Disse o homem, e continuou a seguir pela estrada.
-Não importa, vou ficar com ela! – Disse o garoto, mal sabendo que falava com o próprio demônio...
Continua na próxima semana...
6 comentários:
Caramba, fiquei curioso pra saber o resto disso, filhão. Ainda mais com esse título, o que será que tem a ver?
Eu também estou curiosa para saber o resto disso. Qual será o mistério da pedra?
NÃO PERCAM OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS DE 'A ATRAÇÃO RELATIVA AOS PORCOS'
JIDOFSAAJISJIASJSAI
Curiosa para descobrir o sentido do título também (:
Beeijos bruniinho!
Porra Brunão
prendeu o público já
e que diabos é esse?
ahuuahhuauhauha
o título também quero entender
seriam os porcos, animais satânicos?
auhuhauahauha
xD
o louco meu que coisa mais louca mesmo e agora ficamos mais loucos mesmo com o que vai acontecer loucura
Início brilhante! Perfeito! Também estou curiosa... Vocês estão criando uma escola literária que poderia ser chamada de "Continuísta", e a principal característica é dividir a história em partes pra sacanear os leitores, deixando-os curiosos e obrigando-os a se manter em visitas constantes ao blog... (Dâr).
Muito bom mesmo!
Parabéns!
Bjinhos!
O loco filhote!
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