O filho da puta

Ou o julgamento do filho da puta (como quiserem).

Por Bruno C. O. Carvalho

Tsc. Tsc.... Foi muito feio o que Marqquiítus Lagrinite fez. E tal ato fora apenas mais uma de suas peripécias. A cidadezinha onde ele morava já estava farta daquilo. Tanto que montaram uma comissão para julgá-lo. Isso mesmo, caro leitor, uma comissão para julgá-lo. Já que a vulga justiça comum não teria em seus escritos algo para castigar um “sacaneador crônico”, que muitos, ironicamente, conhecem também pela alcunha de “filho da puta”.
Mas o caso era mais complicado do que parecia. E isso simplesmente se devia ao fato de Marqquiítus ser realmente filho de uma rapariga. Vai ver é por isso que os cidadãos demoraram tanto para tomar uma atitude. Vai ver tinham dó de Marqquiítus desde sua infância.
O simples fato de não ter pai conhecido já era um drama, ainda mais o total conhecimento de causa de sua história pela cidadezinha e região. É, podemos dizer que ninguém poderia se dar ao luxo de dizer que nunca disseram algo como “Esse é um autêntico filho da puta” quando Marqquiítus nasceu, ou passou por eles em uma situação qualquer. Ninguém tocava no assunto, sequer julgavam, mas todos sabiam a verdade: Que Marqquiítus era filho de quem era: Paula, uma autêntica prostituta. “Cidade pequena, grandes notícias ”, já dizia o provérbio.

Mas o caso não era esse, o FATO não era esse. Se um sujeito for filho de uma prostituta, tudo bem. Pois nada justifica uma mulher ser puta e não ser uma boa mãe. Assim como existem mulheres advogadas, médicas, enfim, mulheres de profissões que se julgam honradas, e que são péssimas mães. Culturalmente e sociologicamente, o filho sem educação adequada pode se tornar maléfico no futuro.
Mas... Marqquiítus era o que era, por ventre e por cultura, um autêntico filho de uma puta! E por isso foi julgado.


Começou assim:

As pessoas ao verem essas e outras, comentavam “Coitado, é filho da puta, ele pode”. Mal sabiam elas que hoje em dia seria assim:

É muito gratuito, caro leitor, eu sei. “Gratuitaaaaço’, eu diria. Mas a realidade é essa, fazer o quê? Mentir? Claro que não, pois estamos falando de um filho da puta original, da mesma classe de muitos políticos por aí, no entanto um político filho da puta filho de uma puta. Não, não, você não leu errado e nem eu errei ao digitar o texto. É simplesmente isso: um filho da puta filho de uma puta.
Não foi à toa que Marqquiítus Lagrinite foi condenado a sair da cidade. Afinal de contas, o que podia se esperar de um cara que cospe na cara dos outros só por cuspir, que grita “Ele é gay” em público, apontando para o cara que é realmente gay. Todos desconfiam, ou até sabem, mas... pra quê falar isso?
Marqquiítus Lagrinite é daqueles que fala para uma mulher que se masturbou para ela na noite passada só pra mexer a língua.
Marqquiítus Lagrinite sacaneia por sacanear.
Marqquiítus Lagrinite entrou para a igreja evangélica só para os outros chamarem ele de “irmão”. Daí, no final do culto, ele pegou o microfone e disse:
- Todos aqui me consideram um “irmão”?
E todos gritaram: - Sim!
- Então vocês não passam de uma CAMBADA DE FILHOS DA PUTA!!!! AHAHAHAHAHAHAHAHHAAHAHAHAHAHH!

Os evangélicos engoliram seco a ofensa, pois aquilo era um templo religioso. Era bem certo que eles entenderam a “piada” pois aquela era uma cidade pequena, e todos sabem tudo em cidades pequenas...

Muito gratuito... muito gratuito meeeeeeeeeeesmo, eu sei! Mas Marqquiítus Lagrinite é assim, fazer o quê? Anda sumido, não se sabe notícias dele. Na certa ficou um pouco perdido depois de ser julgado na cidadezinha onde morava.
Mas ele continua vivo! Outras histórias dele, talvez irão surgir. Faço até um desafio ao querido(a) leitor(a): Digite Marqquiítus no Google. Juro, juro por Deus que você encontrará algo falando do autêntico filho da puta filho da puta meeeeeeeeeeeeeeesmo!!