quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Família passa 65 anos em bunker da 2ª Guerra

A família Günter entrou para história na última semana por ter ficado exatos 64 anos e 7 meses em um abrigo subterrâneo embaixo de sua casa na periferia de Bonn na Alemanha. O motivo? Ainda não sabiam do fim da 2ª Guerra Mundial. 

Parece meio difícil de acreditar, mas é verdade. A mãe, Gretha Günter, de 82 anos, tinha apenas 17 quando o auge da guerra se alastrava pela região da então Alemanha Oriental. Ela e seus 4 filhos, Hans, Annette, Irma e Jürgen foram instruídos pelo seu marido, Alfred Günter, a ficarem escondidos no abrigo e não saírem enquanto não escutassem mais nenhum barulho. 

Alfred, que na época tinha 22 anos, fazia parte de um grupo anti-nazismo e lutou contra a tirania de Hitler. Ele morreu numa emboscada contra seu grupo dias depois de deixar sua família escondida. 

O curioso é saber como eles viveram tanto tempo em um espaço tão pequeno (7x7m), como se alimentavam e como era o saneamento. Gretha disse que Alfred era estudante de engenharia e trabalhava como pedreiro para pagar a faculdade. Ele criou um sistema muito engenhoso para o bunker. Lá eles tinham 5 camas sendo 2 beliches e uma cama comum, um pequeno banheiro com um chuveiro e um vaso sanitário que escoava direto para o esgoto, energia elétrica ligada a central da casa, saída de ar e cerca de 600kgs de comida enlatada que se mantinha própria para o consumo devido ao clima frio dentro do abrigo. “A gente sabia que tinha que economizar, então nos alimentávamos uma vez por dia apenas. Era uma lata para todos nós por dia. A água era encanada, então nunca faltou, tínhamos até um pequeno rádio mas ele queimou nos primeiros meses e perdemos contato com o mundo. Mas não me arrependo, foi uma vida muito boa.” – Disse a senhora Gretha ao sair do abrigo. 


Mãe e irmãos Günter comemorando o aniversário de Hans

A família, apesar de tudo, se encontra muito saudável. A matriarca ensinou seus filhos a ler e escrever. Passavam a maior parte do tempo jogando alguns jogos de tabuleiro e cartas que tinham levado. Os filhos, Hans, 68, Annette, 67, Irma, 66 e Jürgen, 65, não aparentam a idade que tem. Os médicos dizem que também foi um efeito do clima subterrâneo que se submeteram durante toda a vida. Eles têm uma aparência bastante saudável, assim como a mãe que não parece ser uma octogenária, tamanha sua disposição. Mas mesmo assim por nunca terem se exposto ao sol, alguns pequenos problemas surgiram ao saírem, como foto-sensibilidade entre outros. 

Ao ser questionado o porquê de terem enfim saído do abrigo, o filho mais velho disse: “A gente nunca saiu, porque nunca paramos de ouvir barulhos de explosões e tiros. Saímos apenas para buscar mais comida, pois nosso estoque estava no fim. Foi quando vimos que tinha se instalado uma oficina mecânica onde costumava ser nossa casa. E os barulhos eram na verdade o pessoal testando som de carro. A gente nem sabia que carro tinha som. (risos)”. 

Agora a família deve fazer mais exames e ir para outro abrigo enquanto se desenrola na justiça o possível ressarcimento de sua antiga morada. 

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E fiquem ligados. A qualquer momento, mais uma notícia extraordinária.

5 comentários:

Ciro disse...

Extraordinária mesmo!!! Hahahahahahha!!!

Bom são os comentários dos personagens: "A gente nem sabia que carro tinha som. (risos)”. Hahahahahhahaha!!

Bem bolado, Vavá! Bem bolado!

Pietro disse...

Não me diga mentirinhas, dói demais!

Carlos Filho disse...

Imagino a conta de água e luz da galerinha!!!

Sessyllya ayllysseS disse...

Uiuahiuahiuahiauhiahaha!!!
Muito boa!!!

"Alfred era estudante de engenharia e trabalhava como pedreiro para pagar a faculdade."

Genial!
Parabéns!

Bruno Carvalho disse...

Ahahahahhahahah, concordo com o Ciro que a parte do carro foi Maaaaaaaaaaassssssssa demais ahahahahhahahahahahah!