
E de repente ele tinha todos os poderes do mundo. Podia ser quem ele quisesse, na hora em que quisesse e como quisesse. É claro que ele adorou a nova vida. Não entendeu nada, é certo, mas adorou. Imagine você caro leitor: um dia “você mesmo”, no seu emprego, em sua vida normal, em seu cotidiano. No outro dia, logo ao amanhecer, praticamente “Deus”. É estranho de entender, mas impossível não aceitar. Quem não aceitaria ter o poder de conquistar quem quiser? Ter o que quiser? Fazer o que quiser? Além de poder dominar o tempo, o universo, as pessoas, e tudo isso sem nenhuma restrição? Como já disse, é estranho de entender, mas impossível não aceitar.
E ele aceitou. E daquele momento em diante era o que queria ser: O melhor, o imbatível, o conquistador, o sinistro, o japonês, o boca de cavalo, o mosquito da dengue... enfim, o que ele queria ser! Dinheiro já não era mais problema, tempo, muito menos, a “vida difícil” que levava era apenas uma mera lembrança de um passado remoto.
Nem por isso ele deixou de ser “humano”. E como ser humano que era achou que era Deus. Achou que o mundo era dele e que podia fazer o que quiser ( e realmente podia, tanto que fez). Daí Ele mudou paisagens, personalidades, países, pessoas e tudo mais. Como ser humano que era passou a reclamar que ser Deus era sem graça, ter poderes era simplesmente sinônimo de falta de emoção. Enjoou daquela vida.
Entre uma transformação e outra se deparou com um senhor, um sujeito simples. Este senhor chamou-lhe a atenção, pois o velho estava rindo de si – mesmo e falando sozinho. Ria de sua vida miserável, que desgraça pouca para ele era bobagem e que tinha boa vida e ainda podia tomar uma cachacinha de vez em quando, de abraçar o netinho querido e inesperado (pois a filha ficou grávida sem querer), de fazer uma piada com a própria desgraça, de chupar uma laranja no meio da tarde e sentir o melhor gosto que um homem poderia sentir. O velho estava apenas sozinho e feliz, nada mais do que isso.
Logo o homem que tinha poderes percebeu que não era Deus. Percebeu que ainda estava muito abaixo disso. Que apesar de tudo, ainda não possuía a divindade. Que a divindade ainda estava longe de ser alcançada por ele. Continuou então com tudo, mas, daquele momento em diante, sabendo que o seu tudo era absolutamente nada...
10 comentários:
"Japonês, boca de cavalo, mosquito da dengue"... hahahahahahah!!! Uma boa estréia, Brunão! Vejo que mantém o seu velho estilo, o que é bom.
Mas... vai ter continuação, né?
Gde abraço!
HAhahahahahahahah, também caguei de rir dessa parte do "Japonês, Boca de cavalo...." hahahahahahahahha
Realmente um bom texto de facil absorção e bom entendimento.
Aliás todos somos bostas e entendemos isso! hehehehe
Mto Bom...
espero q continue tb.
Bjos
E aê, Bruno, Blz???
Pior, né, cara, poder ser o kiser deve ser muito entediante mesmo. Tanto q o tal cara q achou q era Deus kis ser justamente as coisas + estrambóticas (rsrsrs). Eu ia kerer me transformar temporariamente num ninho de cobras... (rsrsrs) E vc???
Bjos!!!
Ah, mesmo sabendo que poder ser tudo acaba sendo absolutamente nada, eu queria ser esse cara aí. E se eu fosse ele, eu queria ser o trema.
Adorei o texto! Imagina se eu pudesse ser o trema?! O que eu sentiria ao saber q querem acabar comigo aqui no Brasil???
Bjão, Brunão!!!
Boa fera! Excelente estréia!
Brunão, e essa arma na mão do "homem" apontando pra Deus?
Q montagem é essa ?
Hahahahahahahaa
MOSQUITO DA DENGUE? HAHAHAHAHAHAHAAHHA... MTO BOM!
Achei lindo! Parabéns!
Sempre OS MELHORES!!
Tinha que ser meu filho,viram que lindo?...
beijos
elsi
Que se dane a divindade, eu quero é P(h)ODER!!! hahahahahahahahaha Perdoem o trocadilho!
Genial, amigo! Começastes muito bem!
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