Neste momento, em que há tanto para ser dito e tão pouco em mim, não há nada que me aflija mais que o tempo. Esse tempo que nos assola, nos atropela e deixa tantas marcas. Tempo amigo que nos faz esquecer dores e perpetuar lembranças. Tempo. O relógio não pára e vejo os minutos escorrerem como em uma ampulheta. E quero que corram, corram, corram, e tragam de volta o que tanto amo e que está tão longe. Mas também anseio por que fiquem, e parem, e cesse o passar das horas para que não se vá a vida e os anos que são tão bons. Vivo. Vivo cada minuto, cada memória, cada distância... E ainda que o tempo vá, eu permaneço, sempre, imutável em mim o que sempre sou. Porque ainda que na instabilidade humana que comigo carrego, sou sempre a mesma. E nessas poucas palavras que aqui vão jogadas, poucas, parcas, tão breves, vai um pouco do que está em mim e um pouco desse tempo que se vai ligeiramente devagar, em mais um dos paradoxos criados pelo Eterno para nos mostrar o quão pequenos somos e que quase nada podemos compreender. E já não posso dizer mais nada, porque se foi o tempo. É hora! É hora! ...Alguns dizem que os minutos nunca voltam, eu digo que nunca vão.
3 comentários:
O tempo é algo interessante, Rosana. Para uns é um tipo de tempo, para outros, é outro. E tantas realidades que nos cercam, com diversos tempos diferentes, que já nem sabemos qual é o tempo certo. Se é que há tempo certo.
O loko, seu texto me fez até pensar! Não sei se estou pensando bobagens, mas que fez, fez! Heheheheheh!!!
É, o tempo...
Às vezes amigo, às vezes inimigo. Temos que mudar nós mesmos para nos aliarmos a ele. Esse é o problema...
Boa Crônica Rô!
Lindo texto e ótimas imagens, Rosana... Por que usamos tanto do nosso tempo pensando sobre o tempo? O que faz o tempo mexer tanto conosco, em todos os sentidos? O tempo nunca volta, o tempo nunca vem... Complexo... Perfeito!
Bjos!!!
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