Queria escrever uma carta de amor. Queria contar histórias antigas que inventassem um sorriso em quem as ouvisse. Mas minha voz se arrasta e nada diz, só consigo derramar letras soluçadas que se espalham como as contas de um colar que se arrebenta. Então é preciso derramar. E no papel entorna-se o cântaro do que ainda vivo. Canção surda e muda que não desperta os sentidos. Canção...
Se minhas mãos soubessem fazer música, ou versos, talvez agora me dessem outro rumo. Então paro, e consigo escutar... É alguém cantando. Longe, bem longe. O que será que canta? São palavras emaranhadas e adocicadas ao paladar. Imperscrutáveis. Queria eu ser esse som, pois mais longe pode ir do que jamais chegará o entendimento. Doce som que provoca o coração que dorme e invoca instintos de ignorada existência.
Há em mim um pouco de espanto e um tanto de anseios. A esperança da espera e a breve partida. Uma alegria branda que me traz vida a alma. Uma vontade eterna de te tocar o espírito. O que há em mim é paz, tão plena e quão doce paz. E, se fosse eu maior um pouco que meus medos, bateria asas e seria mais do que espero ser. Então alçaria as nuvens e meus planos seriam o riso do que já se foi. Mas não é preciso ir muito alto, talvez deva apenas ir ao mais profundo. Mas, onde quer que esteja, que seja cheia do Eterno, preenchida por aquele que sempre é, e cujas mãos tocam o inatingível. Imensurável, inefável, ininteligível paz que me convida à renúncia. Então me rendo, e nada mais sou do que criança, que anseia e se espanta.
Se minhas mãos soubessem fazer música, ou versos, talvez agora me dessem outro rumo. Então paro, e consigo escutar... É alguém cantando. Longe, bem longe. O que será que canta? São palavras emaranhadas e adocicadas ao paladar. Imperscrutáveis. Queria eu ser esse som, pois mais longe pode ir do que jamais chegará o entendimento. Doce som que provoca o coração que dorme e invoca instintos de ignorada existência.
Há em mim um pouco de espanto e um tanto de anseios. A esperança da espera e a breve partida. Uma alegria branda que me traz vida a alma. Uma vontade eterna de te tocar o espírito. O que há em mim é paz, tão plena e quão doce paz. E, se fosse eu maior um pouco que meus medos, bateria asas e seria mais do que espero ser. Então alçaria as nuvens e meus planos seriam o riso do que já se foi. Mas não é preciso ir muito alto, talvez deva apenas ir ao mais profundo. Mas, onde quer que esteja, que seja cheia do Eterno, preenchida por aquele que sempre é, e cujas mãos tocam o inatingível. Imensurável, inefável, ininteligível paz que me convida à renúncia. Então me rendo, e nada mais sou do que criança, que anseia e se espanta.
4 comentários:
Muito Bonito,
um verdadeiro vôo,
beijos,
Boa!
Imagino que esse vôo ou esse mergulho, embora te traga a renúncia, te traz a coragem de se assumir com medo ou ansiosa, mas vc!!! Ou seja quem for... muito lindo e profundo.
Parabéns!
Essas palavras inventaram um sorriso em mim... seus textos são mágicos, profundos, maravilhosos! Parabéns!!! E bjos!!!
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