Por Bruno Carvalho (psicodelicaço....)
Não, não, não... não vale a pena...
Sou apenas mais um bêbado na madrugada,
Alguém que não encontrou seu rumo e,
Apenas divaga sobre a triste realidade!
Não, fiel e doce cachorrinho,
Eu não valho a pena!
Gaste sua fidelidade com outros,
Pois eu não sou de nada!
Deixe para latir com alguém que pensa neste mundo,
Lata para alguém que apresente alguma ameaça!
Pois, esse humilde homem que lhe fala,
Sequer está à sua altura!
Sou daqueles homens que amam tudo e a todos,
Mas sou chato,
Não sei o que fazer da vida,
E sequer sei contar uma piada.
Pare de latir cachorrinho!
Volte para sua casinha,
A noite está fria,
E eu ainda estou quente demais.
Toda a cidade dorme,
E cá estamos eu e você,
Que late sem abanar o rabo,
Jogando na minha cara que sou mais um incômodo.
Não sei se lates por latir,
Ou se vigia o território.
Fique sabendo cachorrinho:
Seu dono não corresponde a tua fidelidade.
Mas você ainda late,
Sem sequer pestanejar,
E prefiro pensar,
Que não é por minha causa.
Já vou indo, caro amigo,
Fique com Deus!
Queria eu ser como você,
Pensar menos e agir mais...
Só sei que não valho a pena,
O que procuro não existe,
Ou pior,
Tenho calafrios em pensar na possibilidade de encontrar...
Amanhã é um novo dia,
Mas eu ainda serei o mesmo de sempre,
Buscando refúgios em madrugadas,
E justiça onde não existe.
O mundo é cruel,
Mas gosto dele assim,
E fico feliz, caro cachorrinho,
De encontrar alguém que ainda tenha o que preocupar...
8 comentários:
É, temos que admitir que vc fez um poema sobre algo bem original: o cachorro que nos late na madrugada.
No começo, achei que fosse título de música da Kelly Key, hihihihih!!!
Destaque para esse trecho:
"Toda a cidade dorme,
E cá estamos eu e você,
Que late sem abanar o rabo,
Jogando na minha cara que sou mais um incômodo."
Grande abraço!!
Viajadaçoooooo!
hahahahahahahaahhaha...massa o tema, colocou o cachorro como um personagem q apenas nos faz enxergar que não valhemos apena, enm de um latido de cachorro que está ali..apenas pra latir!
Gostei do texto. Bem simples e fácil de se ler. Nada daqueles parágrafos chatos.
Caminhoneraço bráááááááávo!!!!!!
"Queria eu ser como você,
Pensar menos e agir mais..."
Pois é, eu também queria ser como esse cachorrinho...
"O que procuro não existe,
Ou pior,
Tenho calafrios em pensar na possibilidade de encontrar..."
Aí, Brunão, falou tudo. Tudinho mesmo. Tô impressionada, me identifiquei demais com o poema.
Super parabéns!!! Bjos!!!
Bruno, no dia q eu sai de casa senti isso!
Camarguinho
Adorável!!!
Gostaria muito de ter escrito algo parecido, primo!! De verdade!
Interessante isso de pegar o cachorro para psicólogo! hahahahaha Às vezes (sempre) eu falo sozinho e acredito que com um cachorrinho seria bem mais interessante! Pelo menos eu não ficaria a sós com a minha consciência! Arghh! Essa "companheira" eu ando dispensando ultimamente... hehehehe
Ah! E tenho certeza que se o cachorrinho pudesse falar, ele lhe diria o seguinte:
"Pára com isso, cara! (tapa na sua cara) Você é iluminado, meu! Quem dera houvesse mais pessoas nesse mundo com tamanho nível de consciência (e faria um brinde a vc!)" hehehehe
É isso!
Legalaço bróder,
dá pra ganhar em qualquer concurso de poesias.
muito bom
Postar um comentário