Ainda não sei o que devia ter feito realmente naquela manhã: se continuado a dormir, ou ter me levantado mais cedo, como fiz. Eu sabia que havia algo de errado, afinal, Nebedito nunca me chamava naquele horário. Aliás, nem ele mesmo acordava tão cedo. O sol podia nascer, nosso trailer podia ficar o mais quente possível... mesmo assim, nunca nos levantávamos antes das 14:00 hs (principalmente quando bebíamos tanto quanto na noite anterior).
Mas enfim, me levantei, e aconteceu tudo aquilo, quer você acredite, quer não...
Nebedito me chamou:
- Arapecido!
Esse é meu nome.
- Arapecido, acorde! Depressa!!
Acordar é a parte fácil. Levantar que é difícil.
- ARAPECIDO!!!!
- Ei, calma aí! Eu já escutei! – eu disse.
- Cara, você não vai acreditar nisso! Levanta logo!
- Se não vou acreditar, então por que perde tempo em me mostrar?
- Eu gostaria muito de não lhe mostrar isso, cara! Juro pelo bom Deus! Mas não vai ter jeito!
Com muito custo, levantei-me. Andei pelo trailer vendo aquela bagunça toda e, ao invés de me preocupar com o que eu ia ver, fiquei pensando que cheiro alguém sentiria se entrasse ali dentro. Não pense que seria dos mais agradáveis, se você levar em conta que dois homens desempregados moravam ali. Como já estávamos acostumados, não sentíamos nada e...
Olhei pela janela, mas não acreditei. Olhei de novo, e novamente não acreditei. Não pense que fiquei espantado ou coisa do tipo. Simplesmente não acreditava.
- Está certo, Nebedito. – eu disse. – Que tipo de brincadeira é essa?
- Cara, como é que eu tinha tanta certeza de que você diria isso, hein? Será que é por que o conheço tão bem?
- Você não respondeu à minha pergunta.
- Como eu gostaria de saber a resposta dela, Arapecido. Se você descobrir, me diga, pois também não sei que tipo de brincadeira envolve isso aí fora e o corte de nosso telefone!
- Não me diga que não pagou a conta novamente...
- Sim, eu paguei! Fiquei totalmente zerado, mas paguei. Mas também, o que isso importa agora?
Mas enfim, me levantei, e aconteceu tudo aquilo, quer você acredite, quer não...
Nebedito me chamou:
- Arapecido!
Esse é meu nome.
- Arapecido, acorde! Depressa!!
Acordar é a parte fácil. Levantar que é difícil.
- ARAPECIDO!!!!
- Ei, calma aí! Eu já escutei! – eu disse.
- Cara, você não vai acreditar nisso! Levanta logo!
- Se não vou acreditar, então por que perde tempo em me mostrar?
- Eu gostaria muito de não lhe mostrar isso, cara! Juro pelo bom Deus! Mas não vai ter jeito!
Com muito custo, levantei-me. Andei pelo trailer vendo aquela bagunça toda e, ao invés de me preocupar com o que eu ia ver, fiquei pensando que cheiro alguém sentiria se entrasse ali dentro. Não pense que seria dos mais agradáveis, se você levar em conta que dois homens desempregados moravam ali. Como já estávamos acostumados, não sentíamos nada e...
Olhei pela janela, mas não acreditei. Olhei de novo, e novamente não acreditei. Não pense que fiquei espantado ou coisa do tipo. Simplesmente não acreditava.
- Está certo, Nebedito. – eu disse. – Que tipo de brincadeira é essa?
- Cara, como é que eu tinha tanta certeza de que você diria isso, hein? Será que é por que o conheço tão bem?
- Você não respondeu à minha pergunta.
- Como eu gostaria de saber a resposta dela, Arapecido. Se você descobrir, me diga, pois também não sei que tipo de brincadeira envolve isso aí fora e o corte de nosso telefone!
- Não me diga que não pagou a conta novamente...
- Sim, eu paguei! Fiquei totalmente zerado, mas paguei. Mas também, o que isso importa agora?
Ele tinha razão. O que era um corte telefônico comparado aquilo lá fora? Mas eu ainda não havia me dado conta da situação totalmente. Pense bem: você acorda numa baita segunda-feira, de ressaca, bem mais cedo do que costuma acordar... e quando olha pela janela, vê um exército romano no seu quintal. Sinceramente, não pense que eu deveria acreditar naquilo de cara!
- Nebedito, escute bem: eu estou vendo o que acho que estou vendo lá fora?
- Bem, se você também está vendo milhares de caras com armaduras do século passado, alguns segurando lanças e escudos, outros segurando arco-e-flechas, centenas de cavalos e oito catapultas... todos cercando o nosso trailer... bem, então acho que você está vendo o que acha que está vendo sim. Aliás, parece que eu também estou vendo isso.
- Certo. O que acha de voltarmos pra cama?
- É uma excelente idéia!!!
Como dois malucos, saímos correndo e nos jogamos em nossas camas. Claro! Quer melhor maneira de combater um pesadelo? Às vezes não vale a pena ficar dando moral pra nossos sonhos. Quando ignorados, eles mesmos ficam sem-graça e vão embora, pra dar lugar à realidade. Essa sim, nunca pode ser ignorada!
Infelizmente...
TOC! TOC! TOC!!
- Arapecido!
Esse é meu nome.
- Arapecido! Acorde, depressa!!
Você já teve uma sensação de déja vu antes?
- ARAPECIDO!!
- O que quer agora, Nebedito?
- Tem alguém batendo na porta!
- E por que você não atende?
- Porque é a sua vez! Vamos!
- Mas que droga!
Levantei-me novamente. Nem parecia que havia acordado de um pesadelo. Fora tudo tão rápido, que eu estava com medo do que veria atrás daquela porta.
TOC!! TOC!!!!
- Já vai, apressadinho! Segura essa ansiedade aí!
TOC! TOC!!!! TOC!!!! TOC!!!!!
- Eu já disse para...
Assim que abri a porta, uma lança foi apontada pra mim. Com o susto, caí no chão e rastejei de costas até o suporte da televisão, mas sem tirar os olhos daquele soldado romano que me encarava ferozmente.
- Q-quem é você? O q-quer?? – perguntei. Uma frase meio clichê, recheada de um tom amedrontado.
O soldado respondeu algo que julguei ser uma língua romana.
Sabem, não entendo bulhufas de “romanês”, mas de uma coisa eu sabia: estávamos encrencados!
- Nebedito, escute bem: eu estou vendo o que acho que estou vendo lá fora?
- Bem, se você também está vendo milhares de caras com armaduras do século passado, alguns segurando lanças e escudos, outros segurando arco-e-flechas, centenas de cavalos e oito catapultas... todos cercando o nosso trailer... bem, então acho que você está vendo o que acha que está vendo sim. Aliás, parece que eu também estou vendo isso.
- Certo. O que acha de voltarmos pra cama?
- É uma excelente idéia!!!
Como dois malucos, saímos correndo e nos jogamos em nossas camas. Claro! Quer melhor maneira de combater um pesadelo? Às vezes não vale a pena ficar dando moral pra nossos sonhos. Quando ignorados, eles mesmos ficam sem-graça e vão embora, pra dar lugar à realidade. Essa sim, nunca pode ser ignorada!
Infelizmente...
TOC! TOC! TOC!!
- Arapecido!
Esse é meu nome.
- Arapecido! Acorde, depressa!!
Você já teve uma sensação de déja vu antes?
- ARAPECIDO!!
- O que quer agora, Nebedito?
- Tem alguém batendo na porta!
- E por que você não atende?
- Porque é a sua vez! Vamos!
- Mas que droga!
Levantei-me novamente. Nem parecia que havia acordado de um pesadelo. Fora tudo tão rápido, que eu estava com medo do que veria atrás daquela porta.
TOC!! TOC!!!!
- Já vai, apressadinho! Segura essa ansiedade aí!
TOC! TOC!!!! TOC!!!! TOC!!!!!
- Eu já disse para...
Assim que abri a porta, uma lança foi apontada pra mim. Com o susto, caí no chão e rastejei de costas até o suporte da televisão, mas sem tirar os olhos daquele soldado romano que me encarava ferozmente.
- Q-quem é você? O q-quer?? – perguntei. Uma frase meio clichê, recheada de um tom amedrontado.
O soldado respondeu algo que julguei ser uma língua romana.
Sabem, não entendo bulhufas de “romanês”, mas de uma coisa eu sabia: estávamos encrencados!
Continua daqui a 14 dias!!!!
13 comentários:
PRESÊNTE DE GRÊÊÊÊÊÊÊÊÊGO, CIRÃÃÃÃÃÃÃÃO!!!!!!
Que narrativa fantástica! Muito bom mesmo Ciro!
É uma pena você ter comentado a respeito dessa história antes comigo!
Tem uma certa dose de suspense, comédia e vários outros elementos!!
Estou ansioso pela próxima parte!!
Parabéns !!!
14 dias? Só pode ser pessoal... hehehe... Cara, tô me roendo de curiosidade aki... Muito legal e surreal tb... Show de bola...
Cirinho, meu fofo! Adorei, mas vc adora me deixar curiosa, né? rss
Te vejo no fds, bjão!
Putz, e eu ainda concordei quando vc disse que iria postar mas tinha continuação (agora espera curiosão).
Muito bom mesmo, a parte de ir pra cama e num ficar nem ai é bem BRUNO, né? hahahahahahhahhahahaha
meu comentária também virá daqui a 14 dias
e que nebedito fique com uma lança no peito 14 dias seguindos
e que fique satisfeito!
[IMG]http://img207.imageshack.us/img207/645/assinaturaarseniusii5.png[/IMG]
Bola pra frente boa praça!
dois desempregados morando em um reboque? que massa cara,
mal posso esperar!!!
Ixi, já achei esse texto comprido. Imagina com continuação! Aí eu não dou conta!
Adoreeeeeei a parte da lança!!!!
Tem um exército onde????
Ah, nem... Olha a mania do Flávio se espalhando... Daqui a 14 dias??? Fala sério, cara!!! (rsrsrsrs)
Bjus!!!
14 dias?? Sacanagi, véi!!
Mas... vendo pelo lado bom: que bom que tem MAIS!!! O que é bom a gente pede bis!!
Já estava com saudades dessas tramas medievais desde o 'Rei de Zebursville' !!
Você voltou em grande estilo ao século XIV, Cirô!!
Supimpa!!
gde abraço!
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