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Era mesmo o nosso amigo e hipocondríaco Ralgedino, andando entre os soldados romanos. Por algum motivo, eles o deixaram passar e chegar até nosso trailer.
- Céus! Estou passando mal! Estou tendo um ataque aqui, amigos! – disse, entrando e fechando a porta logo em seguida. – Estou tendo alucinações! Estou vendo vários soldados romanos enfileirados lá fora! Eu sempre disse pra vocês que eu não estava bem! Eu...
- Calma, Ralgedino! – eu disse. – Você está seguro aqui dentro! Pelo menos por enquanto!
- É isso aí! – disse Nebedito. – É só você concentrar seu pensamento em coisas boas. Vamos lá, eu te ajudo: manhã de primavera, Natal, presentes, algodão-doce...
- Algodão-doce??? Acho que estou meio enjoado... eu...
- Ralgedino!!! Não!!!
Tarde demais. Ralgedino vomitara em nosso tapete (que já não era muito limpo). E desmaiou logo em seguida.
- Que ótimo! Ajude-me aqui, Nebedito! Vamos levá-lo para a cama!
Não me lembro de ter tido fome em momento algum naquela situação. Acho que agora eu entendo porque nos filmes de suspense os atores não comem ou usam o banheiro nas cenas de mais clímax. Não dá vontade de fazer nada disso, a não ser pensar numa forma de escapar. E isso, meu caro leitor, não havia mesmo. A não ser que eu, Nebedito (e agora o Ralgedino) voássemos.
Depois de ter colocado Ralgedino na cama (já havíamos presenciado seus “ataques” antes e sabíamos que acordaria em pouco tempo) eu e Nebedito nos sentamos à mesa. Estávamos pensativos. Muito pensativos.
- Que horas são? – perguntei.
- Duas e pouco. – disse Nebedito.
- O soldado disse que o tal general tinha que aparecer até o anoitecer...
- Ainda vai demorar um pouco.
- Que merda é essa? Eu disse ao soldado que aqui não havia nenhum General Panflétus! De onde tiraram isso?
- Veja bem, Arapecido... não acho que vai adiantar a gente ficar se fazendo tantas perguntas. Não vamos conseguir responder a nenhuma delas. Tente ficar em paz consigo mesmo, está bem?
- Tem razão. O que sugere que façamos pra sair dessa então?
- Bem, sugiro que pensemos apenas que estamos em perigo e que precisamos escapar daqui. Depois vamos pensar no que aconteceu. Um pensamento de cada vez.
- Talvez. Mas tentar entender o que se passa, pode também nos ajudar a sair daqui. Já pensou nisso?
- Arapecido, já pensei em tantas coisas desde que olhei por aquela janela a primeira vez hoje, que acho que você deveria me perguntar o quê eu já não pensei! Talvez devêssemos conversar mais.
- Até quando vai bancar o psicólogo, Nebedito?
- Até quando for preciso. Agora, escute. Vamos trabalhar isso. – Nebedito segurou em minha mão – Tudo bem com você? Qual é o seu nome?
- O quê?
- Apenas responda.
- Arapecido, ué!? Você sabe meu nome!
- Tudo bem. Está tudo bem, não precisa ficar zangado. Me fale um pouco sobre seus medos.
- Aaaaaah!!! Tenha dó!!!
- Ei! Você está estragando a sessão!
- Não temos tempos pra isso, Nebedito!!!
- Calma! Alguém vai nos ajudar!
- Quem vai nos ajudar? Não ouviu o cara dizer que mataram todo mundo? Não viu o sangue lá fora?
- Putz, cara! Não fique lembrando disso. Tente pensar em coisas boas. Vamos, você consegue!
- Ah, vá lamber sabão!
- Iiih, mas você é muito bobinho...
Enquanto Nebedito bancava o terapeuta, olhei para a nossa pequena estante na parede. Através do vidro embaçado, vi os livros que havia guardado ali desde que meu pai morrera. Livros velhos, sabe como é? Quando um parente morre, a última coisa que as pessoas querem de herança são livros velhos. Por isso, na época, eu os peguei e trouxe pra cá. Pensei que pudessem me ser úteis algum dia.
- Arapecido, vou lhe ensinar a respirar fundo. É um bom começo. Venha aqui.
Sem continuar me importando com Nebedito, fui até a estante e peguei os livros. Não vou dizer a você que os peguei e assoprei a poeira antes de abri-los, pois isso seria um grande clichê. Droga! Eu já disse!
- Ei, Nebedito! Talvez isso possa nos ajudar!
- O que é? São livros de psicologia? Talvez Freud possa nos ajudar.
- Ah, cale essa boca! Veja isso. Um livro de História.
Nebedito levantou-se e sentou-se à mesa novamente.
- Arapecido, escute! Como um livro de História velho como esse daí vai nos ajudar? Hã? Já sei, vai usá-lo como escudo contra os caras lá fora!
- Deve ter algo sobre o Império Romano aqui em algum lugar...
E realmente havia. Você pode até pensar que isso é bem conveniente... mas fazer o quê? Coisas boas acontecem na vida. Coincidências também. É preciso aceitar isso. E se você não aceita esse tipo de coisa, então pare de ler essas histórias de ficção e vá assistir reality shows na TV.
Sabe, não precisei ler muito sobre o Império Romano e suas guerras. Na verdade, aquele era um livro com muitas gravuras e uma me chamou bastante atenção. Era do tal general Panflétus.
- Nebedito, Nebedito... você não vai acreditar nisso.
- O que é? Seja o que for dizer, diga com calma. Não precisa ter pressa nas palavras.
Mostrei a gravura do general para Nebedito.
- Bom, estou vendo – ele disse – até que esse general era boa pinta, hein? Parece até... CÉUS!!!
Neste momento, um lança entrou voando pela janela e atingiu a nossa geladeira.
Acho que foi algum tipo de advertência. Ou já queriam nos matar mesmo...
Continua... em 14 dias!!!!!!!!
- Céus! Estou passando mal! Estou tendo um ataque aqui, amigos! – disse, entrando e fechando a porta logo em seguida. – Estou tendo alucinações! Estou vendo vários soldados romanos enfileirados lá fora! Eu sempre disse pra vocês que eu não estava bem! Eu...
- Calma, Ralgedino! – eu disse. – Você está seguro aqui dentro! Pelo menos por enquanto!
- É isso aí! – disse Nebedito. – É só você concentrar seu pensamento em coisas boas. Vamos lá, eu te ajudo: manhã de primavera, Natal, presentes, algodão-doce...
- Algodão-doce??? Acho que estou meio enjoado... eu...
- Ralgedino!!! Não!!!
Tarde demais. Ralgedino vomitara em nosso tapete (que já não era muito limpo). E desmaiou logo em seguida.
- Que ótimo! Ajude-me aqui, Nebedito! Vamos levá-lo para a cama!
Não me lembro de ter tido fome em momento algum naquela situação. Acho que agora eu entendo porque nos filmes de suspense os atores não comem ou usam o banheiro nas cenas de mais clímax. Não dá vontade de fazer nada disso, a não ser pensar numa forma de escapar. E isso, meu caro leitor, não havia mesmo. A não ser que eu, Nebedito (e agora o Ralgedino) voássemos.
Depois de ter colocado Ralgedino na cama (já havíamos presenciado seus “ataques” antes e sabíamos que acordaria em pouco tempo) eu e Nebedito nos sentamos à mesa. Estávamos pensativos. Muito pensativos.
- Que horas são? – perguntei.
- Duas e pouco. – disse Nebedito.
- O soldado disse que o tal general tinha que aparecer até o anoitecer...
- Ainda vai demorar um pouco.
- Que merda é essa? Eu disse ao soldado que aqui não havia nenhum General Panflétus! De onde tiraram isso?
- Veja bem, Arapecido... não acho que vai adiantar a gente ficar se fazendo tantas perguntas. Não vamos conseguir responder a nenhuma delas. Tente ficar em paz consigo mesmo, está bem?
- Tem razão. O que sugere que façamos pra sair dessa então?
- Bem, sugiro que pensemos apenas que estamos em perigo e que precisamos escapar daqui. Depois vamos pensar no que aconteceu. Um pensamento de cada vez.
- Talvez. Mas tentar entender o que se passa, pode também nos ajudar a sair daqui. Já pensou nisso?
- Arapecido, já pensei em tantas coisas desde que olhei por aquela janela a primeira vez hoje, que acho que você deveria me perguntar o quê eu já não pensei! Talvez devêssemos conversar mais.
- Até quando vai bancar o psicólogo, Nebedito?
- Até quando for preciso. Agora, escute. Vamos trabalhar isso. – Nebedito segurou em minha mão – Tudo bem com você? Qual é o seu nome?
- O quê?
- Apenas responda.
- Arapecido, ué!? Você sabe meu nome!
- Tudo bem. Está tudo bem, não precisa ficar zangado. Me fale um pouco sobre seus medos.
- Aaaaaah!!! Tenha dó!!!
- Ei! Você está estragando a sessão!
- Não temos tempos pra isso, Nebedito!!!
- Calma! Alguém vai nos ajudar!
- Quem vai nos ajudar? Não ouviu o cara dizer que mataram todo mundo? Não viu o sangue lá fora?
- Putz, cara! Não fique lembrando disso. Tente pensar em coisas boas. Vamos, você consegue!
- Ah, vá lamber sabão!
- Iiih, mas você é muito bobinho...
Enquanto Nebedito bancava o terapeuta, olhei para a nossa pequena estante na parede. Através do vidro embaçado, vi os livros que havia guardado ali desde que meu pai morrera. Livros velhos, sabe como é? Quando um parente morre, a última coisa que as pessoas querem de herança são livros velhos. Por isso, na época, eu os peguei e trouxe pra cá. Pensei que pudessem me ser úteis algum dia.
- Arapecido, vou lhe ensinar a respirar fundo. É um bom começo. Venha aqui.
Sem continuar me importando com Nebedito, fui até a estante e peguei os livros. Não vou dizer a você que os peguei e assoprei a poeira antes de abri-los, pois isso seria um grande clichê. Droga! Eu já disse!
- Ei, Nebedito! Talvez isso possa nos ajudar!
- O que é? São livros de psicologia? Talvez Freud possa nos ajudar.
- Ah, cale essa boca! Veja isso. Um livro de História.
Nebedito levantou-se e sentou-se à mesa novamente.
- Arapecido, escute! Como um livro de História velho como esse daí vai nos ajudar? Hã? Já sei, vai usá-lo como escudo contra os caras lá fora!
- Deve ter algo sobre o Império Romano aqui em algum lugar...
E realmente havia. Você pode até pensar que isso é bem conveniente... mas fazer o quê? Coisas boas acontecem na vida. Coincidências também. É preciso aceitar isso. E se você não aceita esse tipo de coisa, então pare de ler essas histórias de ficção e vá assistir reality shows na TV.
Sabe, não precisei ler muito sobre o Império Romano e suas guerras. Na verdade, aquele era um livro com muitas gravuras e uma me chamou bastante atenção. Era do tal general Panflétus.
- Nebedito, Nebedito... você não vai acreditar nisso.
- O que é? Seja o que for dizer, diga com calma. Não precisa ter pressa nas palavras.
Mostrei a gravura do general para Nebedito.
- Bom, estou vendo – ele disse – até que esse general era boa pinta, hein? Parece até... CÉUS!!!
Neste momento, um lança entrou voando pela janela e atingiu a nossa geladeira.
Acho que foi algum tipo de advertência. Ou já queriam nos matar mesmo...
Continua... em 14 dias!!!!!!!!
10 comentários:
A CÉSAR O QUE É DE CÉÉÉÉSAR!!!!!!!
Poderia ter um começo igual a LOST,
hahahahahahaha
Muito bom cirão, só to juntando comentarios para a ultima parte do texto!
Ah!
Esse problema é muito fácil de resolver.
Muito bom!
O suspense da história realmente prende a atenção, porém em alguns momentos tenho o sentimento de estar sendo enrolado. Igual a quando se liga no suporte da compania telefônica para saber porque a Internet não quer funcionar.
Gostei do desenho.
Adoreeeeeiiiii!!!!!!!!!!!!
Boa Cirão!!
o NEGÓCIO TÁ PEGANDO FOGO
HEIN!!
mAL POSSO ESPERAR!
Cara, adorei esse Nebedito... É um cara como ele que eu queria ter por perto qdo estivesse em perigo... Imagina a calma, a paz e a tranqüilidade que ele nos transmite... É uma pessoa equilibrada, sem dúvida... E, se por acaso, alguém tivesse que ser sacrificado para que os outros sobrevivessem, certamente ele seria uma ótima opção... Ahahahahahahahahahah!!!
O loco meu, olha a fera aí!!
Pra variar, a saga ainda continua muito bem!! É uma pena que "mais uma vez" fiquei curioso!!
Muito bom Ciro! Parabéns!!!
As personalidades conflitantes dos personagens estão realmente dando um sabor todo especial a essa saga!
A única coisa que lamento do fato dela ser quinzenal - além da curiosidade, é claro - é que eu acabo me esquecendo dos outros episódios e fico um pouco perdido. Fora isso, that's all amazing !!
E quem será que vai aparecer agora, hein? Não me diga que é o imperador Ciro? Ihhh... estraguei a surpresa... :( hehehehehehe
Parabéns, Cirô !!
E grande abraço!
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