
Perdeu a 1ª parte???
Eu estava realmente com muito medo. Imagine um soldado do século passado (ou retrasado?) lhe apontar uma lança e gritar palavras totalmente ásperas e incompreensíveis. Bem, outras pessoas poderiam achar que se tratasse de um trote ou alguma espécie de festa à fantasia... mas, de qualquer forma, eu não acreditava que pudesse ser uma dessas opções. Não sei porquê diabos, mas simplesmente sabia.
- Escute, Sr. Soldado... será que dá para conversar?
Novamente ele disse palavras que não entendi. Sabem, o mais engraçado de tudo, é que ele não entrou no trailer. Também, a lança era tão grande que dali da porta mesmo ele podia atravessá-la em meu pescoço.
Que diabos! O que estava havendo???
Como se adivinhasse meus pensamentos, um outro soldado (este, com armadura dourada, um pouco diferente do outro) apareceu na porta e deu uma ordem ao portador da lança, o que julguei ser para abaixá-la. O outro assim o fez.
Então, o soldado da armadura dourada me disse:
- General Panflétus?
- Hein? – perguntei, ainda mais confuso.
- Tu és o General Panflétus?
- V-você fala minha língua?
- Como tu podes perceber, sim. És o General Panflétus?
- Quem são vocês? O que está havendo?
- Tu vais ou não responder minha pergunta??? – perguntou ele, já furioso. Neste momento, o soldado da lança ameaçou apontá-la pra mim novamente.
- Não! Eu não sou esse General Panfleto!
- É Panflétus!!
- Ok, desculpe! Não há ninguém com esse nome aqui também!
O soldado dourado me encarou, depois deu uma olhada geral dentro do trailer. Assim como o outro soldado, ele também não entrou. Tive a impressão de que estavam com receio de algo.
- Tu não é mesmo o General Panflétus. – disse ele – Mas sabemos que ele está aqui dentro. Avise-o que temos contas a acertar. Ele não pode se esconder nessa fortaleza mágica por muito tempo.
Por um momento, tive a impressão dele ter chamado nosso trailer de “fortaleza”. E “mágica” ainda por cima. Você também teve essa impressão???
- Já destruímos várias casas e matamos todos pelo caminho para chegar até aqui. – continuou ele – Não vamos perder nossa viagem. Ele tem até o pôr-do-sol para aparecer. Caso contrário...
Dito isso, ele fez um sinal para o soldado da lança e ambos voltaram para junto do exército (que deveria estar a uns 10 metros do trailer). Mais do que depressa, levantei-me e fechei a porta.
- NEBEDITO!!! – gritei.
Meu amigo apareceu no mesmo instante, como se estivesse atrás da porta o tempo todo.
- Eu ouvi tudo. – ele disse, esfregando os olhos. – Alguém está passando um trote muito sem-graça na gente, cara! Já percebi. Isso é coisa de brasileiro. Brasileiro gosta de um mal-feito.
- Hein???
- Éééé – continuou Nebedito, com aquele seu típico ar de “eu sei o que estou falando, fique calmo”. – Brasileiro gosta de uma brincadeira, sabe? Esse pessoal aí fora só quer fazer hora com a gente. Nem esquenta.
- Bah! Ainda acredita nisso?
- Claro que sim! Mas quem será que está por trás disso? Será que é o dono daquele bar de ontem? Eu bem que percebi que ele tinha problemas e...
- Não, Nebedito! Isso não está me parecendo um trote. De alguma forma, muito estranha, esses caras são reais!
- Ih, mas você é bobo, hein? Como pode ter certeza??
- Eu os vi de perto, cara!
- Arapecido, seu tolo! Você precisa fazer uma terapia comigo. Não percebe que são somente pessoas com fantasias ridículas que estão lá fora? Vem aqui, vamos conversar sobre isso.
Não sei se contei ao leitor, mas Nebedito era metido a psicólogo. Em tempos mais antigos, ele havia feito faculdade de psicologia, mas tinha sido expulso do curso após um ano. Creio que não agüentaram ele.
- Nebedito, olhe pela janela.
- Já olhei...
- Olhe de novo!
Nebedito olhou rapidamente, depois voltou-se pra mim:
- Já vi os caras lá fora. O que estou tentando lhe dizer...
- Olhe de novo! Mas não pare de olhar!
- Pra quê, cara? Acho que você está com problemas de...
- Apenas olhe!!!
Nebedito hesitou, mas fez o que eu mandei.
- Certo, Arapecido. Estou olhando. E agora?
- O que você está vendo?
- Ei, cara! Acho que já tivemos esse diálogo antes!
- Tudo bem. Tente ver além dos soldados, sim? Tente ver lá atrás, onde ficam as casas. Me diga o que vê.
- Bom... os soldados estão na frente, mas consigo vê-las. Parecem estar no mesmo lugar.
- É? E você não vê mais nada? Na cidade? Vê pessoas andando na calçada? Vê carros nas ruas? Vê alguma forma de vida além dos soldados?
Nebedito me olhou, depois olhou para fora novamente. Desta vez ele demorou um pouco mais, como se procurasse por algo do lado de fora. Bem, ele estava realmente procurando... e achou mesmo alguém.
- Cara... – disse ele – não vejo todas essas coisas que você me disse. Não há ninguém...
- Escute, Sr. Soldado... será que dá para conversar?
Novamente ele disse palavras que não entendi. Sabem, o mais engraçado de tudo, é que ele não entrou no trailer. Também, a lança era tão grande que dali da porta mesmo ele podia atravessá-la em meu pescoço.
Que diabos! O que estava havendo???
Como se adivinhasse meus pensamentos, um outro soldado (este, com armadura dourada, um pouco diferente do outro) apareceu na porta e deu uma ordem ao portador da lança, o que julguei ser para abaixá-la. O outro assim o fez.
Então, o soldado da armadura dourada me disse:
- General Panflétus?
- Hein? – perguntei, ainda mais confuso.
- Tu és o General Panflétus?
- V-você fala minha língua?
- Como tu podes perceber, sim. És o General Panflétus?
- Quem são vocês? O que está havendo?
- Tu vais ou não responder minha pergunta??? – perguntou ele, já furioso. Neste momento, o soldado da lança ameaçou apontá-la pra mim novamente.
- Não! Eu não sou esse General Panfleto!
- É Panflétus!!
- Ok, desculpe! Não há ninguém com esse nome aqui também!
O soldado dourado me encarou, depois deu uma olhada geral dentro do trailer. Assim como o outro soldado, ele também não entrou. Tive a impressão de que estavam com receio de algo.
- Tu não é mesmo o General Panflétus. – disse ele – Mas sabemos que ele está aqui dentro. Avise-o que temos contas a acertar. Ele não pode se esconder nessa fortaleza mágica por muito tempo.
Por um momento, tive a impressão dele ter chamado nosso trailer de “fortaleza”. E “mágica” ainda por cima. Você também teve essa impressão???
- Já destruímos várias casas e matamos todos pelo caminho para chegar até aqui. – continuou ele – Não vamos perder nossa viagem. Ele tem até o pôr-do-sol para aparecer. Caso contrário...
Dito isso, ele fez um sinal para o soldado da lança e ambos voltaram para junto do exército (que deveria estar a uns 10 metros do trailer). Mais do que depressa, levantei-me e fechei a porta.
- NEBEDITO!!! – gritei.
Meu amigo apareceu no mesmo instante, como se estivesse atrás da porta o tempo todo.
- Eu ouvi tudo. – ele disse, esfregando os olhos. – Alguém está passando um trote muito sem-graça na gente, cara! Já percebi. Isso é coisa de brasileiro. Brasileiro gosta de um mal-feito.
- Hein???
- Éééé – continuou Nebedito, com aquele seu típico ar de “eu sei o que estou falando, fique calmo”. – Brasileiro gosta de uma brincadeira, sabe? Esse pessoal aí fora só quer fazer hora com a gente. Nem esquenta.
- Bah! Ainda acredita nisso?
- Claro que sim! Mas quem será que está por trás disso? Será que é o dono daquele bar de ontem? Eu bem que percebi que ele tinha problemas e...
- Não, Nebedito! Isso não está me parecendo um trote. De alguma forma, muito estranha, esses caras são reais!
- Ih, mas você é bobo, hein? Como pode ter certeza??
- Eu os vi de perto, cara!
- Arapecido, seu tolo! Você precisa fazer uma terapia comigo. Não percebe que são somente pessoas com fantasias ridículas que estão lá fora? Vem aqui, vamos conversar sobre isso.
Não sei se contei ao leitor, mas Nebedito era metido a psicólogo. Em tempos mais antigos, ele havia feito faculdade de psicologia, mas tinha sido expulso do curso após um ano. Creio que não agüentaram ele.
- Nebedito, olhe pela janela.
- Já olhei...
- Olhe de novo!
Nebedito olhou rapidamente, depois voltou-se pra mim:
- Já vi os caras lá fora. O que estou tentando lhe dizer...
- Olhe de novo! Mas não pare de olhar!
- Pra quê, cara? Acho que você está com problemas de...
- Apenas olhe!!!
Nebedito hesitou, mas fez o que eu mandei.
- Certo, Arapecido. Estou olhando. E agora?
- O que você está vendo?
- Ei, cara! Acho que já tivemos esse diálogo antes!
- Tudo bem. Tente ver além dos soldados, sim? Tente ver lá atrás, onde ficam as casas. Me diga o que vê.
- Bom... os soldados estão na frente, mas consigo vê-las. Parecem estar no mesmo lugar.
- É? E você não vê mais nada? Na cidade? Vê pessoas andando na calçada? Vê carros nas ruas? Vê alguma forma de vida além dos soldados?
Nebedito me olhou, depois olhou para fora novamente. Desta vez ele demorou um pouco mais, como se procurasse por algo do lado de fora. Bem, ele estava realmente procurando... e achou mesmo alguém.
- Cara... – disse ele – não vejo todas essas coisas que você me disse. Não há ninguém...
- Está vendo só? Eu...
- Mas há uma forma de vida diferente dos soldados, que está se aproximando daqui.
- Hein? Mais alguém???
- Sim. É o Ralgedino.
Era só o que me faltava. Ralgedino. Nossos problemas estavam apenas começando...
E agora? Quem é esse tal de Ralgedino?? Como o exército romano apareceu afinal? Quem é o General Panflétus? Como Arapecido e Nebedito irão sair dessa? Vivos? Mortos? Ou quase isso? Vocês podem reclamar à vontade, mas essa história ainda continua! Em 14 dias!!!!
- Hein? Mais alguém???
- Sim. É o Ralgedino.
Era só o que me faltava. Ralgedino. Nossos problemas estavam apenas começando...
E agora? Quem é esse tal de Ralgedino?? Como o exército romano apareceu afinal? Quem é o General Panflétus? Como Arapecido e Nebedito irão sair dessa? Vivos? Mortos? Ou quase isso? Vocês podem reclamar à vontade, mas essa história ainda continua! Em 14 dias!!!!
11 comentários:
O loco meu! Até agora tá muito massa Cirão!
O tipo de texto que texto que te faz imaginar um monte de coisas, tornando o rico...
Estou ansioso para que os próximos 14 dias passem logo!!!
Muito bom!
Falou!!!
Boa Cirão, no final disso tudo eu faço um comentario legal.
Quem sabe daqui a 14 dias, hã?
A cada espisódio uma surpresa mais surpreendente, hã?
O que será que nos aguarda? Não me diga que nossos heróis serão abduzidos? :0 ahuahuahuah
"General Panflétus" ? Como comentar algo assim? ahahahahahahahahaha
És uma fonte inesgotável, meu amigo!
Hors-concours.
Grande abraço.
QUEM TEM BÔCA VÁI À RÔMA, CIRÃÃÃÃÃÃÃÃO!!!!!
hummm muito bom. a tática de dar um belo tempo entre as partes aumjenta o interesse, só achei estranho o general romanjo falar de modo arcaico no início e mudar o estilo depois
mas está ficando muito bom.
Aiaiai... O velho Syrus ataca novamente. Tô vendo um épico no estilo de "O Rei de Zebusville" ser contado em breves capítulos a cada 14 dias... Isso é estratégia para manter a "freqüência" dos leitores do blog??? Ou é só sacanagem mesmo??? Ahahahahahahah!!!
Grande Syrus, como sempre, o Melhor!!!
Mas se é negócio de Tróia, cadê o Brad Pitt?
Não sei porque, mas me veju dentro do seu texto! tu tens uma máquina de criar dentro dessa sua cabeçorra, amigo!
O melhor como sempre!!!!!
Ralgedino,
hahahaha,
massa demais,
mal posso esperar,
ansiedade maior só a espera
por "Corpo fechado II"
Uiiia!!! Também quero um exército desses no meu quintal, nego!!
Isso para nós não seria problema!!!
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