Queria juntar em um único enunciado tudo aquilo que um dia quis dizer e não disse. Tudo o que ficou engasgado em minha garganta e que se desfez com o passar do tempo. Mas nunca ficou esquecido. Memórias presas às minhas memórias. Meu sonho, em âmbitos gerais é, hoje, desdizer a maioria das coisas que um dia eu disse; porque não foram falas sinceras, saídas de uma boca que um dia jurou somente proferir a verdade.
Ah, mas como queria poder olhar em seus olhos e dizer o que realmente penso de você. Todas as sacanagens que acho que cometeu e todos os crimes praticados com as suas doces - porém vis - mãos. Queria dizer em altos brados que não me importo contigo. Seus sonhos são meros nadas, insignificantes... Incapazes de construir um ser melhor.
Engraçado como desejo dizer com a boca bem cheia que esta roupa ficou horrorosa em você. Que o seu corte de cabelo foi o pior em anos e, sim, você beija muito mal. Detesto a sua família. Não gosto de cães... Quando me chama de “amor” tenho vontade de vomitar... Não, nunca gostei de você. E por horas, dias a fio, derramaria o meu veneno...
Estas são as verdades que eu expressaria se me houvessem dado oportunidades. Pronunciá-las-ia se tivesse a certeza de que os surdos me ouviriam e se colocariam a meu serviço. Tudo eu faria se uma única oportunidade me houvessem dado... Mas algo em mim pesa: é a minha mente... Sempre em constante balanço... Para frente, para trás... Para frente, para trás... Em sinal de concórdia. Em sinal de servidão, em sinal de serviço... O mais amargo e triste dos serviços.
Sinto queimar em mim a vontade de ver a verdade vertendo vertiginosamente dos meus lábios, como se fossem chamas ardentes ou punhais de aço que provocam chagas profundas e inomináveis. Como se eu fosse, assim como sou, o símbolo das verdades absolutas...
E assim vagueio, e assim “vassagueio”, com a plena certeza das verdades em mim... Mas descubro o porquê de não as pronunciar, ao menos não em todo momento... As verdades, assim como a luz, refletem no espelho e acabam se voltando contra nós.
Ah, mas como queria poder olhar em seus olhos e dizer o que realmente penso de você. Todas as sacanagens que acho que cometeu e todos os crimes praticados com as suas doces - porém vis - mãos. Queria dizer em altos brados que não me importo contigo. Seus sonhos são meros nadas, insignificantes... Incapazes de construir um ser melhor.
Engraçado como desejo dizer com a boca bem cheia que esta roupa ficou horrorosa em você. Que o seu corte de cabelo foi o pior em anos e, sim, você beija muito mal. Detesto a sua família. Não gosto de cães... Quando me chama de “amor” tenho vontade de vomitar... Não, nunca gostei de você. E por horas, dias a fio, derramaria o meu veneno...
Estas são as verdades que eu expressaria se me houvessem dado oportunidades. Pronunciá-las-ia se tivesse a certeza de que os surdos me ouviriam e se colocariam a meu serviço. Tudo eu faria se uma única oportunidade me houvessem dado... Mas algo em mim pesa: é a minha mente... Sempre em constante balanço... Para frente, para trás... Para frente, para trás... Em sinal de concórdia. Em sinal de servidão, em sinal de serviço... O mais amargo e triste dos serviços.
Sinto queimar em mim a vontade de ver a verdade vertendo vertiginosamente dos meus lábios, como se fossem chamas ardentes ou punhais de aço que provocam chagas profundas e inomináveis. Como se eu fosse, assim como sou, o símbolo das verdades absolutas...
E assim vagueio, e assim “vassagueio”, com a plena certeza das verdades em mim... Mas descubro o porquê de não as pronunciar, ao menos não em todo momento... As verdades, assim como a luz, refletem no espelho e acabam se voltando contra nós.
4 comentários:
Reginaldo,
gostei da sincerdidade no texto! Aliás, sinceridades são sempre bem-vindas (ou quase sempre) :D
...vontade de ver a verdade vertendo vertiginosamente dos meus lábios... Bela musicalidade!
Deixo duas frases para reflexão que têm tudo a ver com o que escreveste:
"O segredo de aborrecer é dizer tudo."
(Voltaire)
"O favor gera amigos; a verdade, ódio."
(Terêncio)
Parabéns pelas "vassaguices"!
Abraços
:D
Vc é mau mesmo, hein cara? Heheheheh!! As frases que o Felipe citou caem como luvas nesse texto realmente.
De vez em quando dá vontade mesmo de vassaguear um pouco... mas quem tem coragem hoje em dia? O jacaré do Lago James? Hã? Acho que não.
Grande abraço!
Concordo com os meninos, mas eu também achei incrível a sinceridade no seu texto, sob um outro aspecto: muitas vezes, as verdades que queremos derramar para os OUTROS revelam apenas uma tentativa desesperada (embora talvez inconsciente) de escondermos, de nós mesmos, algumas verdades sobre nós mesmos...
Texto brilhante!!!!!
O loco meu!!! Sem palavras Reginaldo!!
Seu texto me prendeu do início até o fim. Adorei o modo com que vc colocou as idéias!
Para mim, o seu melhor texto aqui no blog!!
Meu sincero parabéns!! Abraço!
Postar um comentário