Por Bruno Carvalho
O tempo muda meus amigos. E nós ficamos para trás. Não por sermos coitadinhos ou grandes preguiçosos. E sim, pelo fato de nossa própria vontade. Paramos em um ponto da estrada em que nos sentimos confortáveis. Aquele ponto em que não queremos mais dançar a nova música do funk, ou assistir ao novo filme pornô da Rita Cadillac.
Simplesmente descemos do carro e o deixamos seguir. Acampamos em um ponto da estrada. De vez em quando, encontramos amigos que estão no mesmo ponto. Mas eles são minoria, o que só nos faz lembrar que já ficamos para trás. Nos surpreendemos ao saber que o carro, que está bem distante de nós, continua com os mesmos acordes, com os mesmos roteiros... Mas com timbres piores e piores atores.
Mas o pessoal do carro gosta é disso mesmo: Algo novo! Ou pelo menos algo que pareça novo. Agora, quem inova, mistura, e não cria. Não cantar ou se masturbar em plena música... Já não faz diferença! O que importa é que isso pareça novo! E é por isso que ficamos para trás...
Por mais que não sejamos ranzinzas, ficamos inconformados. Tristes por não esperarmos mais nada do mundo novo, mas felizes com as preciosidades do mundo antigo. Ficamos para trás quando não concordamos com as mudanças no mundo. Ficamos para trás quando inconscientemente comparamos nossa infância com a infância de hoje, quando comparamos a música e os filmes que víamos, ou, quando não conseguimos rir do trapalhão Didi por ter se separado de Dedé. Ao invés de rir, temos certo rancor dessa nova era.
O mundo muda muito, mas nós não mudamos tanto. Começamos a enxergar o que é o certo e o que é o errado. O que é o bom e o que é o ruim. Daí, queremos colocar isso na cabeça dos outros e blá, blá, blá... Lá vem o chato de novo!
Ficar para trás não é sinônimo de perder. E sim de saber lidar com o que está vindo por aí. Saber conciliar o presente do futuro e não simplesmente viver do passado. Nem tudo está perdido. O truque é ter o conhecimento, mas agindo como um jovem. E quem não quer voltar para os tenros quinze anos de idade e começar tudo de novo?
Ficar para trás...Acho que, de certa forma estou ficando para trás... no bom sentido é claro. Vou ficando então. Talvez volte, com idéias novas e com novos ideais. Ou talvez só para escrever um final melhor para essa crônica...
O tempo muda meus amigos. E nós ficamos para trás. Não por sermos coitadinhos ou grandes preguiçosos. E sim, pelo fato de nossa própria vontade. Paramos em um ponto da estrada em que nos sentimos confortáveis. Aquele ponto em que não queremos mais dançar a nova música do funk, ou assistir ao novo filme pornô da Rita Cadillac.
Simplesmente descemos do carro e o deixamos seguir. Acampamos em um ponto da estrada. De vez em quando, encontramos amigos que estão no mesmo ponto. Mas eles são minoria, o que só nos faz lembrar que já ficamos para trás. Nos surpreendemos ao saber que o carro, que está bem distante de nós, continua com os mesmos acordes, com os mesmos roteiros... Mas com timbres piores e piores atores.
Mas o pessoal do carro gosta é disso mesmo: Algo novo! Ou pelo menos algo que pareça novo. Agora, quem inova, mistura, e não cria. Não cantar ou se masturbar em plena música... Já não faz diferença! O que importa é que isso pareça novo! E é por isso que ficamos para trás...
Por mais que não sejamos ranzinzas, ficamos inconformados. Tristes por não esperarmos mais nada do mundo novo, mas felizes com as preciosidades do mundo antigo. Ficamos para trás quando não concordamos com as mudanças no mundo. Ficamos para trás quando inconscientemente comparamos nossa infância com a infância de hoje, quando comparamos a música e os filmes que víamos, ou, quando não conseguimos rir do trapalhão Didi por ter se separado de Dedé. Ao invés de rir, temos certo rancor dessa nova era.
O mundo muda muito, mas nós não mudamos tanto. Começamos a enxergar o que é o certo e o que é o errado. O que é o bom e o que é o ruim. Daí, queremos colocar isso na cabeça dos outros e blá, blá, blá... Lá vem o chato de novo!
Ficar para trás não é sinônimo de perder. E sim de saber lidar com o que está vindo por aí. Saber conciliar o presente do futuro e não simplesmente viver do passado. Nem tudo está perdido. O truque é ter o conhecimento, mas agindo como um jovem. E quem não quer voltar para os tenros quinze anos de idade e começar tudo de novo?
Ficar para trás...Acho que, de certa forma estou ficando para trás... no bom sentido é claro. Vou ficando então. Talvez volte, com idéias novas e com novos ideais. Ou talvez só para escrever um final melhor para essa crônica...
6 comentários:
Putz, Brunão! Esse seu texto, além de ter uma certa tristeza, ainda pegou na minha veia BUNITO! Se vc colocar esse texto no powerpoint, com umas gravuras de flores e uma música do Richard Claydermann no fundo, vai ficar auto-ajuda puríssimo! Hahahahhahaha!!
Caramba! Assisti Rocky 6 e não gostei tanto quanto todo mundo está gostando, pois prefiro os 5 primeiros. Estaria eu ficando pra trás também?
Como diria o Tio Jorginho (Uncle Little Jorge) Muuuuuuuuuda, cara!!!! hehehehehhehe!!!
Muito bom, cara! Super refletivo isso daí!
Aí, Brunão, a gente se encontra no meio da estrada, porque eu também desci do carro... E que ótimas companhias essa minoria representa...
Ótimo texto!Parabéns!!!
Bjus!!!
Também preencho a maioria desses pré-requisitos dos "ficados para trás"! Vamos montar um grupo de auto-ajuda, pessoal? rsrsrs
Taí uma crônica de utilidade pública, Brunão!
E o mais interessante disso é que, por mais que achemos que estamos "para trás", sempre temos aquele amigo ou conhecido que consegue estar AINDA mais atrás! Sempre há aqueles sujeitos que atravessam décadas a fio rindo das mesmas piadas, presos aos mesmos programas de TV e a uma mesma rotina cômoda e quase que invariavelmente alienada. E não se trata apenas de "saudosismo" (que é até algo bom), trata-se, no entanto, de ficar "só" naquilo, ainda esse "aquilo" tenha sido reformulado e esteja com outra roupagem. (Ex: 'Carrossel' de antes e 'Malhação' de agora). E a questão não é só o "(mal) gosto" de cada um, porque até mesmo nossas mazelas e esquisitices sofrem um processo evolutivo mínimo! Em muitos, eu sinto uma "continuidade" e "adaptibilidade" incríveis (que nesse caso é péssimo)! E o mundo vai girando e lá estão eles: comprando as piores novidades e presos às "antigüidades" do pensamento. Ou seja, nem sempre o "novo" é novo e nem sempre o antigo era bom!
Ficou um pouco confuso o que escrevi, mas a sua crônica não, ficou ÓTIMA!
Sinceros parabéns, primo !! Eis o bom e velho Bruno !! E ainda assim atual !! hehehe
Ah, grande amigo...
Que tristes (ou alegres) verdades recolhemos neste seu texto. Tão pura e tão cheia de malícia, tão simples a ponto de cuspir verdades que nos levam a refletir sobre a nossa verdade, sobre a nossa novidade ou sobre a nossa mesmice frente ao mundo.
O final, nunca saberemos até chegarmos a ele; o importante, no entanto, é que, ao chegarmos ou pararmos no meio da estrada, possamos olhar para trás e nos orgulhamos de tudo o que vivemos. Embora o gosto de antigo ainda possa incomodar alguns paladares...
Parece que a minha reflexão foi além ou ainda nem chegou chegou a alcançar o ápice... Mas valeu pelo que seu texto despertou em mim...
Brilhante como sempre...
Sou seu fã...
Abrç!
Cara, o que definiu melhor o passado que separa minha infância da fase adulta é a separação dos trapalhões Didi e Dedé....snif!
Para trás?
é só por opção filhote
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